Ministra compara Paranaguá a portos públicos japoneses

Por: 22/05/2007 19:05:02 - AEN - Agência Estadual de Notícias

A vice-ministra de Relações Exteriores do Japão, Midori Matsushima, elogiou nesta terça-feira (22) os investimentos realizados pelo Governo do Paraná no Porto Público de Paranaguá. Midori reuniu-se com o governador Roberto Requião e sua comitiva, em Tóquio, e disse que modelo semelhante é adotado pelo governo japonês nos portos públicos do País.

Na visita, Requião entregou ao governo do Japão convite para as comemorações dos 100 anos da imigração japonesa no Brasil. Na segunda-feira (21), o governador, a primeira dama Maristela Requião, o embaixador brasileiro no Japão, André Amado, e o deputado estadual Luís Nishimori levaram o convite a integrantes da família imperial japonesa, que já confirmaram presença nas comemorações.

No encontro com a ministra, Requião fez uma breve explanação sobre a economia paranaense, falou do incentivo do governo à produção da soja convencional — largamente empregada na culinária japonesa — e apresentou dados do intercâmbio tecnológico entre instituições do Japão e o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar).

Midori Matsushima afirmou que o centenário da imigração japonesa simboliza a profunda integração entre os dois países, e disse estar honrada por receber um descendente de japoneses que exerce um importante cargo público no Brasil, referindo-se ao deputado Luís Nishimori. Para a ministra, as perspectivas de crescimento do Brasil no início do século 21 são animadoras.

Kasato Maru — O primeiro navio trazendo imigrantes japoneses aportou em Santos em 18 de junho de 1908. O Kasato Maru trouxe 781 passageiros, que vinham para trabalhar nas fazendas de café do interior de São Paulo. Até 1941, ano em que a entrada de japoneses foi suspensa por causa da Segunda Guerra Mundial, 188 mil imigrantes japoneses já estavam no Brasil.

A entrada de japoneses só foi reaberta em 1953. Em dez anos, mais 50 mil imigrantes chegaram ao Brasil. O sucesso da imigração japonesa deveu-se à necessidade de mão-de-obra qualificada nas fazendas de café de São Paulo e do Paraná e a à crise econômica no Japão arrasado pela guerra.

O Paraná é o segundo pólo de imigrantes japoneses e seus descendentes no Brasil. Apenas em Curitiba, vivem atualmente cerca de 50 mil descendentes. A capital, entretanto, não foi o primeiro destino dos imigrantes. A entrada dos japoneses no Paraná começou no Norte do Estado, onde eles ajudaram a colonizar cidades como Apucarana, Maringá e Londrina.

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