Perfil do Agronegócio Cafés do Brasil 2007

Por: Tempo de Comunicação

24 DE MAIO – DIA NACIONAL DO CAFÉ



BRASIL:


MAIOR PRODUTOR E EXPORTADOR MUNDIAL E 2º MAIOR MERCADO CONSUMIDOR DE CAFÉ



Perfil do Agronegócio Cafés do Brasil


 


1) O Brasil é o maior país produtor de café do mundo.


• Em 2006, foram produzidos pelos 57 países cafeicultores, 123,8 milhões de sacas.


• Os três maiores países produtores e a safra de 2006:


. Brasil – 42.512 milhões de sacas (arábica e robusta)
. Vietnã – 15 milhões de sacas (robusta)
. Colômbia – 11.600 milhões de sacas (arábica)


• Safra 2007/2008 do Brasil: 32 milhões de sacas de 60 quilos (safra menor em virtude da característica bienal da lavoura) Do total, 22,3 milhões (69,5%) serão de café arábica e 9,8 milhões de sacas (30,5%) de café robusta (Conab/2ª estimativa).


• No Brasil, o café é produzido em 11 Estados e 1.850 municípios. São 2,2 milhões de hectares plantados, e a produtividade média é de 19 sacas por hectare.


• Principais Estados produtores e previsão de safra 2007/2008:


. Minas Gerais – 14.372 milhões de sacas
. Espírito Santo – 8.882 milhões de sacas (maior produtor de robusta)
. São Paulo – 2.580 milhões de sacas
. Bahia – 2.028 milhões de sacas
. Paraná – 1.855 milhão de sacas


• Principais regiões produtoras de cafés finos e especiais:


. MG – Sul de Minas, Matas de Minas, Cerrado, Chapada de Minas
. ES – Montanhas do Espírito Santo
. SP – Mogiana, Alta Paulista e Região de Piraju
. BA – Chapada Diamantina e Oeste
. PR – Norte Pioneiro, Oeste e Noroeste


• A cafeicultura brasileira é representada por 300 mil propriedades de tamanhos diversos (2/3 são pequenos produtores), que produzem dentro de normas e critérios de sustentabilidade social, ambiental e econômica, e que empregam 8.4 milhões de trabalhadores (diretos e indiretos), gerando um valor bruto na produção de US$ 5 bilhões.


• Os produtores brasileiros, principalmente os que investem em cafés gourmets e especiais, têm uma vantagem única no mundo: em virtude do clima favorável durante a colheita, podem escolher o sistema de processamento mais adequado às necessidades de seus clientes (mercado interno e externo). As porcentagens de café natural, cereja descascado e despolpado podem ser determinadas, portanto, com base na demanda e considerando o sistema que mais favorece a qualidade para cada lote específico.


• Certames regionais, estaduais e o Concurso Nacional ABIC de Qualidade do Café e o Cup of Excellence, este realizado pela Associação Brasileira de Cafés Especiais, têm influenciado e estimulado positivamente a melhoria da produção e divulgado a qualidade dos grãos brasileiros.



2) O Brasil é o maior exportador de café do mundo.


• Em 2006, as exportações mundiais de café (pelos 57 países produtores) foram de 85 milhões de sacas.


• O Brasil exportou 27 milhões de sacas, o que representou um market share de quase 32% e negócios que atingiram US$ 3,3 bilhões.


• Principais importadores de café do Brasil: Alemanha, Estados Unidos, Itália, Japão e Bélgica.


• De 2002 a 2006, o Brasil exportou nada menos do que 134,10 milhões de sacas.


• O setor é integrado por 220 firmas exportadoras e possui estrutura logística que interliga as fazendas aos portos, podendo responder com fluidez a qualquer volume da produção.


• O Brasil também é um dos maiores e mais tradicionais exportadores de café solúvel. Em 2006, os negócios gerados pelo setor somaram US$ 385 milhões com a exportação de quase 3 milhões de sacas. São 9 indústrias com equipamentos e tecnologia de ponta que atendem aos mercados interno e externo.


• O Brasil também exporta regularmente cafés industrializados desde 2002, por meio do PSI – Programa Setorial Integrado, realizado em convênio pela ABIC e a APEX-Brasil. Iniciou com negócios da ordem de US$ 4 milhões e, gradativamente, deu um grande salto: cresceu 510% em apenas quatro anos, tendo fechado 2006 com vendas no valor de US$ 24,5 milhões.  
3) O Brasil é o segundo maior mercado consumidor mundial (1º são os EUA)


• Em 2006 os brasileiros consumiram 16,33 milhões de sacas de café.


• Os maiores consumidores mundiais são os Estados Unidos, com uma média anual entre 18-20 milhões de sacas.


• A previsão brasileira para 2007 é um consumo de 17,4 milhões de sacas (mais de 50% da safra).


• A meta brasileira é chegar a 2010 com 21 milhões de sacas (passando o Brasil a ser o maior consumidor mundial).


• O setor é integrado por mais de 1.500 torrefadoras, a grande maioria de pequeno porte, que respondem por mais de 3 mil marcas. O mercado é concentrado: as 30 maiores empresas respondem por 50,59%.


• O consumo interno de café do Brasil é um dos que mais crescem no mundo. Enquanto o mercado consumidor mundial, conforme dados da Organização Internacional do Café (OIC) cresce em média 1,5% ao ano, o mercado brasileiro evoluiu 19,2% desde 2003, de 13,7 milhões de sacas para as atuais 16,33 milhões: cresceu 9%, em 2004; 3%, em 2005, e 5,1%, em 2006.


• O consumo per capita em 2006 no Brasil foi de 4,27 kg de café torrado, quase 70 litros para cada brasileiro, registrando uma evolução de 3,9% em relação a 2005 (4,11 kg).


• Pesquisa realizada pela TNS InterScience mostra que 94% da população brasileira acima de 15 anos toma café e que, depois da água, é a bebida de maior preferência nacional.
 
• O café coado/filtrado é consumido por 93% da população. Mas vem crescendo substancialmente o consumo de café expresso, cuja demanda aumentou 63% em 2006, em relação a 2005. Também vem aumentando o consumo de café instantâneo, cappuccinos, descafeinado e orgânicos.


• Principais locais de consumo fora do lar: panificadoras (52 mil no Brasil) e cafeterias (2.500 unidades no Brasil – estimativa), além de bares, hotéis, lanchonetes e restaurantes.


• O segmento de cafeterias está tendo grande evolução e tem potencial de crescimento de 20% ao ano. A previsão é que em 2008 existam 3 mil unidades no País. Este segmento é considerado fundamental para a promoção dos cafés de maior qualidade, como os gourmets e especiais.
 


• A profissão de barista, que é o especialista no preparo de café ‘espresso’ e de drinques à base de café, cresce na proporção das cafeterias. Estimam-se dois funcionários por cafeteria (o que significa, hoje, o emprego direto de 5 mil pessoas, entre atendentes e os profissionais já formados como baristas).


• O mercado brasileiro representa 14% da demanda mundial, e mais de 50% do consumo interno de todos os 57 países produtores de café, um volume estimado pela Organização Internacional do Café – OIC em 31 milhões de sacas/ano.



4) Razões do Aumento do Consumo no Brasil.


• A ABIC – Associação Brasileira da Indústria de Café atribui o crescimento do consumo a um conjunto de fatores que se repete há anos, de forma consistente e duradoura. Entre estes fatores estão:


1) Melhoria contínua da qualidade do café oferecido aos consumidores, que foi ampliada com o PQC – Programa de Qualidade do Café, lançado pela ABIC em final de 2004 e que, atualmente, já certifica mais de 200 marcas em todo o Brasil;


2) Consolidação do mercado de cafés tipo Gourmet ou Especiais, diferenciados e de alta qualidade, que despertam cada vez mais a atenção, o interesse e a curiosidade junto aos consumidores;


3) Melhora muito significativa da percepção do café quanto aos aspectos dos benefícios para a saúde, como resultado dos grandes investimentos no Programa Café e Saúde, apoiado por todo o agronegócio.


4) As ações na área de Marketing e Publicidade, realizadas pelo setor e pelo PIM – Programa Integrado de Marketing, apoiado por todo o agronegócio café.


5 – Investimentos em Publicidade e Promoção.


• Os investimentos em promoção e marketing são fundamentais para assegurar o aumento do consumo de café.


• Em 2006, ao lado das iniciativas das empresas do setor, que somaram contrapartidas privadas em valor superior a R$ 2 milhões, foram aplicados R$ 5 milhões com recursos do Funcafé– Fundo de Defesa da Economia Cafeeira, através do PIM – Programa Integrado de Marketing , elaborado pelo Comitê de Marketing do CDPC – Conselho Deliberativo da Política Cafeeira e coordenado pelo DCAF – Departamento do Café, da SPAE – Secretaria de Produção e Agroenergia do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.


• Para 2007, o PIM 2007 está alocando mais recursos para Publicidade e Promoção dos Cafés do Brasil aqui e no exterior: R$ 13,0 milhões.
 
• O mercado interno está recebendo R$ 8 milhões em 2007, provenientes do Funcafé, para continuar alavancando o crescimento do consumo no Brasil, por meio do Programa Café e Saúde; de apoio para os Concursos de Qualidade; para veiculação de mensagens informativas e educativas sobre o café na mídia de massa, revistas, TV, cinemas e de um inédito programa de exposições itinerantes, a mostra “Cafés do Brasil”, em shopping centers, bem como na participação do Pan Rio 2007.


• Para a promoção dos Cafés do Brasil no exterior, o PIM 2007 alocou R$ 5 milhões, que estão sendo aplicados em feiras, exposições, projetos compradores e vendedores, road-shows, apoio às iniciativas no mercado asiático e, inclusive, uma preparação para ações durante as Olimpíadas na China em 2008.



6 – Principais fontes


– MAPA – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – www.agricultura.gov.br
– APEX-Brasil – Agência de Promoção e Exportações e Investimentos – www.apexbrasil.com.br
– ABIC – Associação Brasileira da Indústria de Café – www.abic.com.br / www.cafeesaude.com.br
– ABICS – Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel
– BSCA – Brazil Specialty Coffee Association – www.bsca.com.br
– CeCafé – Conselho dos Exportadores de Café do Brasil – www.cecafe.com.br
– CNA – Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil – www.cna.org.br
– CNC – Conselho Nacional do Café – www.cncafe.com.br

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