O Brasil deverá superar os Estados Unidos como o maior consumidor mundial de café até 2010, com a venda interna de 21 milhões de sacas. A previsão é de Nathan Herszkowicz, presidente da Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic), a partir dos números de crescimento atuais.
A previsão é que neste ano, o país consuma internamente 6% mais, 17,4 milhões de sacas, contra 16,33 milhões do ano passado. Herszkowicz, acredita que o país poderá, pela primeira vez, consumir mais da metade de sacas de café que produz. “O café gourmet produzido hoje no Brasil é tão bom quanto o produzido por outros países. Investir em pesquisa e desenvolvimento de novos grãos é fundamental”, constata.
A saca do café cotada acima dos US$ 100 está deixando os produtores satisfeitos por um lado e, por outro, preocupados com a desvalorização da moeda americana, que deprecia o produto nacional no comércio exterior. Para impulsionar as pesquisas e, conseqüentemente os lucros do setor, ações do Governo Federal, iniciativa privada e universidades estão ganhando relevância. Segundo Herszkowicz, até o próximo ano serão investidos R$ 2 bilhões em estocagem, colheita e custeio da safra pelo Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé). “Do montante, R$ 13 milhões já estão sendo destinados a pesquisas e marketing para divulgação no exterior, como a participação em feiras internacionais”, diz. Embora neste ano de 2007 a produção estimada de 32,9 milhões de sacas fique abaixo do produzido no ano passado com 44 milhões de saca, o segmento vêm apresentando alta no consumo interno. “Este ano, o registro será menor porque o biênio anterior foi o de maior safra e um dos maiores em receita cambial do setor dos últimos anos”, diz.
Parceria
Uma parceria entre a Universidade Federal de Viçosa (UFV), Fundação Arthur Bernardes (Funarbe), a torrefadora italiana illycaffè e a Prefeitura de Viçosa (MG), irá inaugurar a Unidade Coletiva de Processamento de Café Cereja com investimento de R$ 1 milhão. “Uma usina para a produção foi montada. A intenção é de que a usina seja o catalisador para pesquisas e desenvolvimento de grãos de alta qualidade”, revela Nelson Carvalhaes, sócio diretor da Porto de Santos, empresa pertencente ao grupo illycaffè.
A parceria deverá também abrir mercado para os pequenos cafeicultores da região, chamada de Matas de Minas, que é a segunda maior fornecedora de cafés para a illycaffé, atrás somente do Cerrado Mineiro.
Exportações
O Brasil deverá exportar nesta temporada de 2007/2008, mais de 28 milhões de sacas, contra 24,6 milhões de sacas do biênio passado 2006/2007.
No último mês, as exportações de café geraram para o País uma receita de US$ 278,6 milhões, cifra 24,4% maior que a de US$ 223 milhões no igual período do ano passado, segundo os dados do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé). No acumulado dos primeiros quatro meses do ano foram vendidas ao exterior 8,908 milhões de sacas de cafés, um crescimento de 16,8% em relação ao mesmo período de 2006. O crescimento da receita foi de 30,2%, em relação ao período anterior.
A Alemanha foi o principal destino do café brasileiro, com um acréscimo de 40,44% nos negócios, seguida pelos Estados Unidos, Itália e Japão. O Porto de Santos liderou os embarques com 1,439 milhão de sacas da commodity, seguido pelo Porto do Rio de Janeiro, com 168,815 mil sacas.
Leilões
Levantamento mensal do Ministério da Agricultura mostra que o governo vendeu por meio de leilões neste ano 436.750 sacas de 60 quilos de café dos estoques oficiais, ou 92,9% da oferta total (470 mil sacas).
O governo já realizou nove leilões (dois por mês) neste ano e a previsão é de outros nove. O valor arrecadado já alcança cerca de R$ 87,8 milhões. O levantamento considera apenas um dos dois leilões de maio, realizado na última semana.
O próximo remate ainda não tem data definida, mas a previsão é de ocorrer até o final do mês. O preço médio de negociação é de R$ 201,05 a saca. No ano passado, foram arrecadados cerca de R$ 204 milhões com a venda em leilão de 1,169 milhão de sacas de um total ofertado de 1,205 milhão. Os estoques governamentais de café totalizavam até 31 de março 1,450 milhão de sacas do Funcafé.
Robson Bertolino
O Brasil deverá superar os Estados Unidos como o maior consumidor mundial de café até 2010, com a venda interna de 21 milhões de sacas. A previsão é de Nathan Herszkowicz, presidente da Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic), a partir dos números de crescimento atuais.
A previsão é que neste ano, o país consuma internamente 6% mais, 17,4 milhões de sacas, contra 16,33 milhões do ano passado. Herszkowicz, acredita que o país poderá, pela primeira vez, consumir mais da metade de sacas de café que produz. “O café gourmet produzido hoje no Brasil é tão bom quanto o produzido por outros países. Investir em pesquisa e desenvolvimento de novos grãos é fundamental”, constata.
A saca do café cotada acima dos US$ 100 está deixando os produtores satisfeitos por um lado e, por outro, preocupados com a desvalorização da moeda americana, que deprecia o produto nacional no comércio exterior. Para impulsionar as pesquisas e, conseqüentemente os lucros do setor, ações do Governo Federal, iniciativa privada e universidades estão ganhando relevância.
Segundo Herszkowicz, até o próximo ano serão investidos R$ 2 bilhões em estocagem, colheita e custeio da safra pelo Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé). “Do montante, R$ 13 milhões já estão sendo destinados a pesquisas e marketing para divulgação no exterior, como a participação em feiras internacionais”, diz.
Embora neste ano de 2007 a produção estimada de 32,9 milhões de sacas fique abaixo do produzido no ano passado com 44 milhões de saca, o segmento vêm apresentando alta no consumo interno. “Este ano, o registro será menor porque o biênio anterior foi o de maior safra e um dos maiores em receita cambial do setor dos últimos anos”, diz.
Parceria
Uma parceria entre a Universidade Federal de Viçosa (UFV), Fundação Arthur Bernardes (Funarbe), a torrefadora italiana illycaffè e a Prefeitura de Viçosa (MG), irá inaugurar a Unidade Coletiva de Processamento de Café Cereja com investimento de R$ 1 milhão. “Uma usina para a produção foi montada. A intenção é de que a usina seja o catalisador para pesquisas e desenvolvimento de grãos de alta qualidade”, revela Nelson Carvalhaes, sócio diretor da Porto de Santos, empresa pertencente ao grupo illycaffè.
A parceria deverá também abrir mercado para os pequenos cafeicultores da região, chamada de Matas de Minas, que é a segunda maior fornecedora de cafés para a illycaffé, atrás somente do Cerrado Mineiro.
Exportações
O Brasil deverá exportar nesta temporada de 2007/2008, mais de 28 milhões de sacas, contra 24,6 milhões de sacas do biênio passado 2006/2007.
No último mês, as exportações de café geraram para o País uma receita de US$ 278,6 milhões, cifra 24,4% maior que a de US$ 223 milhões no igual período do ano passado, segundo os dados do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé). No acumulado dos primeiros quatro meses do ano foram vendidas ao exterior 8,908 milhões de sacas de cafés, um crescimento de 16,8% em relação ao mesmo período de 2006. O crescimento da receita foi de 30,2%, em relação ao período anterior.
A Alemanha foi o principal destino do café brasileiro, com um acréscimo de 40,44% nos negócios, seguida pelos Estados Unidos, Itália e Japão. O Porto de Santos liderou os embarques com 1,439 milhão de sacas da commodity, seguido pelo Porto do Rio de Janeiro, com 168,815 mil sacas.
Leilões
Levantamento mensal do Ministério da Agricultura mostra que o governo vendeu por meio de leilões neste ano 436.750 sacas de 60 quilos de café dos estoques oficiais, ou 92,9% da oferta total (470 mil sacas).
O governo já realizou nove leilões (dois por mês) neste ano e a previsão é de outros nove. O valor arrecadado já alcança cerca de R$ 87,8 milhões. O levantamento considera apenas um dos dois leilões de maio, realizado na última semana.
O próximo remate ainda não tem data definida, mas a previsão é de ocorrer até o final do mês. O preço médio de negociação é de R$ 201,05 a saca. No ano passado, foram arrecadados cerca de R$ 204 milhões com a venda em leilão de 1,169 milhão de sacas de um total ofertado de 1,205 milhão. Os estoques governamentais de café totalizavam até 31 de março 1,450 milhão de sacas do Funcafé.