Basta uma xícara de café para a dor de cabeça desaparecer. O tratamento baseado na mesma substância causou o problema como se um médico gerasse a doença e em seguida oferecesse para curá-la. Não teríamos muita simpatia para com esse profissional, tão logo descobríssemos os seus métodos. Mas é exatamente assim que atua a cafeína e muitas outras substâncias psicoativas como a cocaína, álcool, nicotina e alguns medicamentos. Prometem alívio para o problema que eles mesmos causam.
O café não oferece tanta dificuldade para interromper o uso, como acontece com a cocaína. É exatamente por esse motivo que ele não é classificado pela Associação Americana de Psiquiatria como estimulante causador de dependência. Em parte, essa é a origem do problema em relação à saúde pública. Não sendo vista como grande vilão, tolera-se o seu uso.
UMA DROGA CHAMADA CAFEÍNA
Tecnicamente, a cafeína é chamada de trimetilxantina. Trata-se de um derivado da xantina correlato ao ácido úrico formado no organismo e um tóxico a ser excretado pelos rins. É encontrado no café, no chá verde, no chá preto, no chá mate, em bebidas à base de cola e em menores quantidades no chocolate.
Apesar da defesa de alguns setores, multiplicam-se as evidências dos prejuízos que a cafeína causa para a saúde. As principais são a sensação de fraqueza ao longo do dia e a alteração do humor, levando à depressão. Esses e outros problemas podem ser desencadeados pelo uso de 250mg de cafeína por dia. Sem perceberem, muitas pessoas chegam a ingerir 300 a 900 mg por dia.
Ao olharmos para esses problemas, vemos que são usualmente atribuídos ao estresse e dificilmente ao uso do café. Mas é exatamente isso que a cafeína produz no organismo: estresse, ou melhor, distresse. Quando entra em contato com o organismo, a cafeína provoca um aumento da produção de hormônios do estresse pela glândula supra-renal. Entre eles, destacam se a adrenalina e a noradrenalina, bem como os hormônios glicocorticóides, que suprimem as reações imunológicas.
Muitos profissionais da saúde sequer admitem que o café e a cafeína possam ter algum efeito nocivo. Pelo contrário, acham que têm efeitos terapêuticos. A cafeína nas mãos de um médico pode ser um poderoso remédio. Mas estamos falando de cafeína usada como se fosse alimento.
Com a suspensão do uso de cafeína, os efeitos no corpo se prolongarão pelo menos durante três semanas, enquanto as glândulas supra-renais conseguem se recuperar das exigências impostas pela substância. Após esse período, o organismo experimenta uma diminuição da fadiga crônica, ansiedade ou estado depressivo, melhora da capacidade mental e provavelmente um sono mais tranquilo. (enviado pela leitora Katiúscia Roman).
Basta uma xícara de café para a dor de cabeça desaparecer. O tratamento baseado na mesma substância causou o problema como se um médico gerasse a doença e em seguida oferecesse para curá-la. Não teríamos muita simpatia para com esse profissional, tão logo descobríssemos os seus métodos. Mas é exatamente assim que atua a cafeína e muitas outras substâncias psicoativas como a cocaína, álcool, nicotina e alguns medicamentos. Prometem alívio para o problema que eles mesmos causam.
O café não oferece tanta dificuldade para interromper o uso, como acontece com a cocaína. É exatamente por esse motivo que ele não é classificado pela Associação Americana de Psiquiatria como estimulante causador de dependência. Em parte, essa é origem do problema em relação à saúde pública. Não sendo vista como grande vilão, tolera-se o seu uso.
Uma droga chamada cafeína
Tecnicamente, a cafeína é chamada de trimetilxantina. Trata-se de um derivado da xantina correlato ao ácido úrico formado no organismo e um tóxico a ser excretado pelos rins. É encontrado no café, no chá verde, no chá preto, no chá mate, em bebidas à base de cola e em menores quantidades no chocolate.
Apesar da defesa de alguns setores, multiplicam-se as evidências dos prejuízos que a cafeína causa para a saúde. As principais são a sensação de fraqueza ao longo do dia e a alteração do humor, levando à depressão. Esses e outros problemas podem ser desencadeados pelo uso de 250mg de cafeína por dia. Sem perceberem, muitas pessoas chegam a ingerir 300 a 900mg por dia.
Ao olharmos para esses problemas, vemos que são usualmente atribuídos ao estresse e dificilmente ao uso do café. Mas é exatamente isso que a cafeína produz no organismo: estresse, ou melhor, distresse. Quando entra em contato com o organismo, a cafeína provoca um aumento da produção de hormônios do estresse pela glândula supra-renal. Entre eles, destacam-se a adrenalina e a noradrenalina, bem como os hormônios glicocorticóides, que suprimem as reações imunológicas.
Muitos profissionais da saúde sequer admitem que o café e a cafeína possam ter algum efeito nocivo. Pelo contrário, acham que têm efeitos terapêuticos. A cafeína nas mãos de um médico pode ser um poderoso remédio. Mas estamos falando de cafeína usada como se fosse alimento.
Com a suspensão do uso de cafeína, os efeitos no corpo se prolongarão pelo menos durante três semanas, enquanto as glândulas supra-renais conseguem se recuperar das exigências impostas pela substância. Após esse período, o organismo experimenta uma diminuição da fadiga crônica, ansiedade ou estado depressivo, melhora da capacidade mental e provavelmente um sono mais tranqüilo.