Quem visitou Guaxupé a semana passada, deve ter notado um maior movimento, os hotéis da cidade e região estavam lotados. É que representantes de 77 empresas do setor cafeeiro deslocaram-se ao sul de Minas para participar como expositores da “8ª Femagri – Feira de Máquinas e Implementos Agrícolas” – realizada de 7 a 9 de março pela Cooxupé no Posto Agropecuário (Km 76 da rodovia que liga Guaxupé a Guaranésia).
Este ano, a Femagri aconteceu em área de 7.700 m² e em três dias recebeu 6.647 visitantes, provenientes de 114 municípios. Pelo local, transitaram 2.300 automóveis, 27 ônibus e sete vans. Além de público recorde, este show de negócios superou o volume de negociações esperado pelos organizadores e atingiu R$ 7,093 milhões. O destaque das vendas foi a derriçadeira manual, equipamento acessível e que facilita a colheita do café: foram efetuados 835 pedidos. A feira registrou, ainda, a venda de 68 motos, 28 tratores, 5 micro-tratores, três veículos e uma colhedora de café.
Dentre as novidades do evento, organizado com a finalidade de difundir tecnologias em máquinas e implementos, destacamos as palestras apresentadas pelo prof. Juarez de Sousa e Silva, da Universidade Federal de Viçosa (UFV). Ele mostrou a facilidade do processo de secagem proporcionada pelo terreiro secador, tema também abordado pela Cooxupé, que se preocupa em incentivar a produção de um café de qualidade. Sem qualidade, não há aumento de consumo.
Outra realização inédita, aplaudida pelos cafeicultores, foi o sistema de palestras sincronizadas, onde 10 empresas montaram campos experimentais para demonstrar resultados do uso de tecnologias na lavoura. “Para nós, a Femagri é a melhor de todas as feiras, por suprir as necessidades dos produtores em máquinas e implementos para café”, afirmou o cooperado Célio Landi Pereira, de Carmo do Rio Claro. Adriana Machado Araújo, de Muzambinho, também mostrou entusiasmo em participar do evento: “o trabalho na agricultura não é fácil, mas quando vemos as lavouras produzindo, sentimos que nosso esforço vale a pena. E a Cooxupé, com esta feira, apresenta para nós muitas opções, mostrando como é possível produzir mais e com melhor qualidade”, afirmou a cooperada.
O deputado federal Geraldo Thadeu (PPS-MG) fez questão de prestigiar o evento e, enquanto comentava as últimas notícias de Brasília, aproveitou para saborear o cafezinho servido pela Torrefação da Cooxupé, um dos estandes mais movimentados da feira. O engenheiro agrônomo Roberto Cano de Arruda também foi outro visitante ilustre a marcar presença na Femagri: “soube por intermédio do jornal da Cooxupé que esta oitava edição aconteceria em três dias e vejo que valeu a pena sair de Itu (cidade próxima a São Paulo) para visitar um evento desta magnitude. Trata-se de um exemplo de associativismo no Brasil”, informou Arruda, que atualmente preside a Sociedade Rural Brasileira (SRB).
Ao comentar o resultado positivo da 8ª Femagri, o presidente da Cooxupé, Carlos Alberto Paulino da Costa, disse que a maior recompensa da Cooperativa não está nos números, mas em ver a satisfação do cooperado estampada num sorriso franco, de quem aproveitou o evento para aprender, analisar preços, verificar resultados mas, acima de tudo, estreitar os laços com a Cooperativa, que ao seu lado, trabalha para fortalecer o agronegócio café.
Silvia Elena do Carmo Marques
MTb 17.809