E o chineses também bebem

26 de janeiro de 2007 | Sem comentários Especiais Mais Café
Por: ANBA / AGÊNCIA MEIOS








Divulgação
Clientes na CafeChocolat, cafeteria na China que tem capital brasileiro
Clientes na CafeChocolat, cafeteria na China que tem capital brasileiro


São Paulo – Terra do chá, a China é o sonho de consumo de qualquer indústria que quer introduzir um produto no mercado global. São cerca de 1,3 bilhão de chineses ávidos para consumir novidades e um Produto Interno Bruto (PIB) de US$ 1 trilhão. Com o café não é diferente. E a Cooperativa dos Cafeicultores de Guaxupé (Cooxupé), a maior do país, já deu os primeiros passos em direção à China. Em setembro de 2005, a Cooxupé se juntou a um sócio chinês e outro belga e abriu uma cafeteria em Xi’an, a CafeChocolat. O investimento inicial foi de cerca de 150 mil euros.


“A idéia é observar os hábitos locais e, aos poucos, introduzir o costume de tomar café nos chineses”, afirma Alexandre Vieira Costa Monteiro, gerente da cafeteria na China. Após quase um ano e meio, o negócio fechou no zero a zero em 2006, no que diz respeito aos custos. Quanto aos ganhos futuros, a cafeteria também já marcou pontos. “Percebemos que os chineses gostam de um sabor mais fraco, pois sempre misturam água ou leite no café”, afirma Monteiro. Outra constatação é de que o cappuccino agrada o paladar local.


Hábito


Produto novo, num ambiente novo, o café tem atraído, na China, principalmente pessoas mais jovens – entre 25 e 35 anos – que têm um trabalho fixo e um salário razoável, segundo Monteiro. Um dos motivos é o preço do cafezinho expresso, que custa US$ 4,00 na terra da Grande Muralha. “Ainda é caro, mas a intenção é baixar o preço à medida que o consumo crescer, que novas cafeterias forem abertas no país”, afirma Monteiro. Para que isso aconteça, uma das estratégias que estão sendo pensadas é a de promover o café brasileiro durante as Olimpíadas de Pequim, que acontecerão em 2008.


Outra observação da Cooxupé é quanto ao horário de tomar o café. Apesar da CafeChocolat funcionar entre 10h da manhã e 10h da noite, a pausa para a bebida acontece no meio da tarde. Diferentemente dos brasileiros, de manhã não é muito habitual saborear a bebida. “O consumo maior acontece na parte da tarde, no momento em que as pessoas fazem uma pausa no trabalho”, conta Monteiro. Segundo o executivo, os chineses já estão associando o café como sinônimo de mais disposição.


A escolha de Xi’an


A cidade de Xi’an foi escolhida por ser uma das mais antigas da China, tem cerca de 5 milhões de habitantes e uma universidade muito antiga especializada em mandarim, muito procurada por estrangeiros. “Xi’an é um desafio para o café brasileiro, reúne gente do mundo inteiro por causa do turismo e da universidade, mas também tem uma cultura forte, arraigada”, afirma Monteiro. Segundo ele, o sucesso da cafeteria em Xi’an é garantia de que o negócio dará certo em qualquer outra cidade chinesa. O outro ponto é que a cafeteria serve de vitrine para consumidores estrangeiros que estão visitando a cidade. (Cláudia Abreu, Débora Rubin e Geovana Pagel)


 


Fonte: http://www.anba.com.br/especial_retranca.php?id_especial=338&id=265 – Acessado em 26 de janeiro de 2006

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