Valorização do café no Exterior agrada setor

Cecafé e a Abics projetam manutenção dos preços internacionais em alta

17 de fevereiro de 2011 | Sem comentários Análise de Mercado Mercado

Agronegócio | 17/02/2011 |

O resultado das exportações de café reforça a tendência do Brasil de perda de competitividade em produtos industrializados. Enquanto as vendas externas de café verde aumentaram quase 75%, o café solúvel, por exemplo, registrou queda de 12% no mês de janeiro. Mas os representantes dos dois setores estão satisfeitos com a valorização do produto no mercado internacional.


A safra recorde e os preços em alta beneficiaram as vendas externas de café verde. O volume exportado aumentou 24% entre janeiro deste ano e o mesmo mês em 2010. Já a receita subiu quase 75%. Segundo o Conselho dos Exportadores, o Brasil conseguiu também aproveitar espaços deixados pelos concorrentes.


– Nós tivemos uma disponibilidade interna maior aliada ao fato de que nosso principal concorrente na faixa dos arábicas, que é a Colômbia, teve problemas de produção, sofreu uma redução grande na sua produção – informa diretor do Cecafé, Guilherme Braga.


A indústria de café solúvel não conseguiu aproveitar o momento favorável. Mesmo com preços internacionais em alta, o segmento registrou queda de mais de 15% no volume vendido e de 12% na receita. A Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel (Abics) avalia que as perdas, em parte, têm a ver com a falta de competitividade do produto brasileiro.


– A reação natural do comprador é reduzir as compras e distribuir o que ele tem de estoques. É uma forma de se segurar dessa alta, na expectativa de que essa alta vai se reverter. Se o Brasil está com um preço mais alto e outros países tem condições até de matéria-prima mais barata, tem condições de vender mais barato e mais competitivo, também dificulta – diz diretor-executivo da Abics, Roberto Ferreira Paulo.


A expectativa dos dois segmentos para o restante do ano é exportar um volume menor. No café verde essa queda deve ser de 9%, no solúvel, o volume embarcado deve ser 6% menor. Mas o Cecafé e a Abics projetam manutenção dos preços internacionais em alta, assim, a receita com o café verde deve aumentar 3%, e a do solúvel deve crescer menos de 1%.



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O resultado das exportações de café reforça a tendência do Brasil de perda de competitividade em produtos industrializados. Enquanto as vendas externas de café verde aumentaram quase 75%, o café solúvel, por exemplo, registrou queda de 12% no mês de janeiro. Mas os representantes dos dois setores estão satisfeitos com a valorização do produto no mercado internacional.


A safra recorde e os preços em alta beneficiaram as vendas externas de café verde. O volume exportado aumentou 24% entre janeiro deste ano e o mesmo mês em 2010. Já a receita subiu quase 75%. Segundo o Conselho dos Exportadores, o Brasil conseguiu também aproveitar espaços deixados pelos concorrentes.


– Nós tivemos uma disponibilidade interna maior aliada ao fato de que nosso principal concorrente na faixa dos arábicas, que é a Colômbia, teve problemas de produção, sofreu uma redução grande na sua produção – informa diretor do Cecafé, Guilherme Braga.


A indústria de café solúvel não conseguiu aproveitar o momento favorável. Mesmo com preços internacionais em alta, o segmento registrou queda de mais de 15% no volume vendido e de 12% na receita. A Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel (Abics) avalia que as perdas, em parte, têm a ver com a falta de competitividade do produto brasileiro.


– A reação natural do comprador é reduzir as compras e distribuir o que ele tem de estoques. É uma forma de se segurar dessa alta, na expectativa de que essa alta vai se reverter. Se o Brasil está com um preço mais alto e outros países tem condições até de matéria-prima mais barata, tem condições de vender mais barato e mais competitivo, também dificulta – diz diretor-executivo da Abics, Roberto Ferreira Paulo.


A expectativa dos dois segmentos para o restante do ano é exportar um volume menor. No café verde essa queda deve ser de 9%, no solúvel, o volume embarcado deve ser 6% menor. Mas o Cecafé e a Abics projetam manutenção dos preços internacionais em alta, assim, a receita com o café verde deve aumentar 3%, e a do solúvel deve crescer menos de 1%.


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