Foi de US$ 680 milhões – média diária de US$ 136 milhões – o superávit da balança comercial brasileira nos cinco dias úteis (17 a 23) da terceira semana de janeiro de 2011. A corrente de comércio (soma das exportações e importações) alcançou US$ 7,864 bilhões, com média de US$ 1,572 bilhão por dia útil.
No período, as exportações registraram US$ 4,272 bilhões, com média por dia útil de US$ 854,4 milhões. O valor é 28,2% superior à média de US$ 666,4 milhões acumulados até a segunda semana do mês.
Neste comparativo, houve aumento nas exportações de produtos básicos (62,1%), com destaque para minério de ferro, óleos brutos de petróleo, café cru em grão, farelo de soja, carne bovina congelada, milho em grãos e minério de cobre. Entre os manufaturados (18,2%), os principais produtos foram açúcar refinado, autopeças, aviões, máquinas e aparelhos para terraplanagem e suco de laranja não congelado. Já as exportações de bens semimanufaturados registraram decréscimo (25,9%), motivado pelo declínio nas vendas de produtos semimanufaturados de ferro ou aço, celulose, ferro-ligas, ferro fundido bruto e óleo de soja em bruto.
As importações, por sua vez, chegaram a US$ 3,592 bilhões, com um resultado médio diário de US$ 718,4 milhões. Houve crescimento de 8%, sobre a média acumulada até a segunda semana (US$ 665,4 milhões). A expansão nos gastos ocorreu, principalmente, nos combustíveis e lubrificantes, químicos orgânicos e inorgânicos, e farmacêuticos.
Mês
Nos quinze dias úteis de janeiro, as exportações somaram US$ 10,936 bilhões, com média diária de US$ 729,1 milhões. Por esse comparativo, a média diária das vendas externas foi 29% superior a de janeiro de 2010 (média de US$ 565,3 milhões).
Houve aumento nas três categorias de produtos nesta comparação. Entre os básicos (65,5%), os principais produtos fo ram minérios de ferro, óleo bruto de petróleo, café cru em grão, carne de frango congelada, farelo de soja, milho em grãos e carne bovina congelada. Para os semimanufaturados (32,4%), os maiores aumentos foram de celulose, semimanufaturados de ferro ou aço, ferro-ligas, ferro fundido, couros e peles, e óleo de soja em bruto. Entre os produtos manufaturados (2,4%), autopeças, produtos laminados planos de ferro ou aço, suco de laranja congelado, polímeros de etileno, propileno e estireno, suco de laranja não congelado e máquinas e aparelhos de terraplanagem foram os destaques.
Em relação à média diária de dezembro do ano passado (US$ 909,5 milhões), os embarques ao exterior tiveram retração de 19,8%. Houve redução de manufaturados (-24,8%), básicos (-20%) e semimanufaturados (-2,4%).
As importações, no acumulado mensal, chegaram a US$ 10,246 bilhões, com média diária de US$ 683,1 milhões. Houve crescimento de 19% na comparação com a média de janeiro do ano passado (US$ 574,1 milhões). Aumentaram os gastos, principalmente, com leite e derivados (134,7%), adubos e fertilizantes (96,2%), alumínio e suas obras (76,1%), peixes e crustáceos (42,2%), algodão (37,6%), aeronaves e peças (36,9%) e equipamentos mecânicos (35%).
Já em relação à média diária de dezembro de 2010 (US$ 676,1 milhões), houve aumento de 1%. Cresceram as despesas de adubos e fertilizantes (37,1%), papel e obras (22,5%), aeronaves e peças (18,7%), equipamentos elétricos e eletrônicos (18,2%), filamentos e fibras sintéticos (16,8%) e borracha e suas obras (11,4%).
A corrente de comércio do mês alcançou US$ 21,182 bilhões (média diária de US$ 1,412 bilhão). Pela média diária, houve aumento de 23,9% no comparativo com janeiro passado (US$ 1,139 bilhão) e queda de 10,9% na relação a dezembro último (US$ 1,585 bilhão). O saldo comercial do período foi superavitário em US$ 690 milhões (média diária de US$ 46 milhões).
Fonte: MDIC