Temporada de Fusões – mercado de café começou o ano agitado

13 de fevereiro de 2006 | Sem comentários Análise de Mercado Mercado
Por: Dinheiro Rural








Estrangeiras
apostam em aquisições de concorrentes brasileiras
O mercado de
café começou o ano agitado.
Duas megaoperações mostram o contínuo interesse de multinacionais pelos
consumidores brasileiros do grão torrado e moído, um mercado que consumiu no ano
passado 16 milhões de sacas. No apagar das luzes de 2005, no dia 30 de dezembro,
a Santa Clara anunciou uma joint-venture com a israelense Strauss-Elite,
controladora da Café 3 Corações. No dia 16 de janeiro, foi a vez da Melitta
comprar a Café Bom Jesus.

No caso do grupo israelense, um dos dez maiores
no ramo de café no mundo, a
joint-venture criou uma nova empresa, a Santa Clara Participações, com sede no
Nordeste. A participação de mercado é de 70 mil toneladas anuais de café torrado e moído, o que consolida a
empresa no segundo lugar do ranking no País. Mas o que ela quer é brigar pela
liderança. “Combinaremos o potencial da Santa Clara, sua experiência de mercado,
seu espírito de liderança e seus avanços tecnológicos ao potencial de
desenvolvimento de novos produtos e a tradição na atuação internacional do
Strauss-Elite”, afirma Pieter Polhuijs, da Strauss-Elite, que assume a
presidência do Conselho de Adminis tração. A Café 3 Corações é a oitava
torrefadora do País e líder na categoria capuecino. A Santa Clara tem sede no
Ceará e começou sua expansão em direção ao Sudeste com a compra da torrefadora
Pimpinella, no Rio de Janeiro, em 2000.

Já a Melitta do Brasil quer
expandir os negócios no Sul do País. Para isso, adquiriu a Café Bom Jesus, 14″
no ranking das torrefadoras, com sede em Caxias do Sul (RS). “Vamos investir
para aumentar a capacidade de produeão da Café Bom Jesus” afirma Bernardo
Wolfson, presidente da Melitta. A multinacional alemã, dessa forma, consolida a
terceira posição. A empresa é bastante conhecida por produzir filtros de papel.
Em primeiro lugar vem a americana Sara Lee, que entrou no mercado brasileiro no
final do anos 90, gerando profundas mudanças nos hábitos do consumidor nacional
de café. Os movimentos da
israelense e da alemã são mais um capítulo na história do café
brasileiro.

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