Stephanes: 15 mil produtores do Sul receberão seguro contra seca

O café preocupa mais, observou. Segundo ele, os preços do produto estão há cerca de seis anos sem alteração e 360 mil propriedades e dois milhões de trabalhadores dependem da atividade. Stephanes disse que a cafeicultura é o sétimo setor, em termos de núm

25 de janeiro de 2009 | Sem comentários Análise de Mercado Mercado
Por: 23/01/2009 11:01:14 - Revista Apólice

Segundo ministro, é possívela agilizar pagamento do Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) e tentar acelerar o pagamento do seguro privadoO ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, disse hoje que o governo tem tomado as medidas possíveis para aliviar o problema dos cerca de 15 mil produtores rurais do Sul do Brasil, prejudicados pelo clima adverso, e que já formalizaram declaração de sinistro. “O que podemos fazer é tornar ágil o pagamento do Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) e tentar acelerar o pagamento do seguro privado”, afirmou ele, durante entrevista hoje de manhã para o programa Bom Dia Ministro, da estatal Radiobrás.

Conforme Stephanes, o governo também vai prorrogar dívidas e dar novo crédito para o agricultor continuar plantando. “No momento é isso que se pode fazer”, comentou. Segundo ele, a estiagem no Paraná deve provocar perda de 30% da safra de soja e de 25% da produção de milho naquele Estado. Na Argentina, a produção de trigo caiu pela metade.
O ministro acrescentou que problemas com o clima no Rio Grande do Sul são recorrentes e podem se repetir nos próximos anos, como efeito das mudanças climáticas. Estudos nesse sentido são conduzidos pelos órgãos federais, os quais mostram necessidade de desenvolvimento de tecnologia para armazenar água em época de abundância, plantas resistentes à seca, entre outros avanços.

Apesar do clima adverso, o aspecto positivo é que os preços agrícolas melhoraram, disse Stephanes. Ele considerou que o momento atual mostra-se favorável à comercialização da safra de grãos. Segundo ele, a produção de soja possivelmente terá comercialização “normal”. “A China aumentou a importação, para nossa surpresa, e os preços mostram relativa firmeza”. Quanto ao milho, Stephanes disse que o País teve êxito ao exportar excedente estocado e os preços internacionais do cereal estão reagindo. “O mercado de feijão está ótimo, para quem conseguiu produzir. O preço está alto e o consumidor é que reclama”, acrescentou.


Preços dos Grãos

O ministro ponderou que o governo está preocupado em sustentar os preços dos grãos durante a comercialização da safra, que ocorre nos próximos meses. De acordo com Stephanes, as tradings realizaram poucas compras antecipadas por causa da crise internacional e os recursos do Banco do Brasil podem não ser suficientes para sustentar os preços. Nesse sentido, o governo pretende injetar cerca de R$ 2 bilhões nas cooperativas, “como capital de giro, para apoiar a comercialização”.

Stephanes observou que a crise também impactou a agricultura. A primeira importante consequência foi que as grandes tradings deixaram de realizar compras antecipadas da produção. Os bancos privados contraíram o crédito e dificultaram emprestar para o produtor. Desse modo, mesmo que o governo tenha tomado as decisões de política agrícolas, muitas delas não chegam à ponta produtiva. “Há dificuldade para fazer o crédito chegar ao produtor”. O agricultor, por sua vez, reduziu os investimentos. “Diminuímos a aplicação de tecnologia porque tecnologia significa custo, então a produtividade das lavouras deve cair um pouco, entre 2% a 3%, o que não é muito”, afirmou o ministro.


Desemprego

Questionado sobre os efeitos da crise no nível de emprego no campo, Stephanes comentou que a atividade rural foi a segunda a apresentar maior número de desempregados no ano passado. Foram 143 mil postos de trabalho perdidos. Numa análise por setor, Stephanes ressaltou que o segmento sucroalcooleiro apresentou perda de 80 mil trabalhadores, ou seja, o desemprego foi concentrado em único setor, principalmente em São Paulo e Minas Gerais. “Os demais setores tiveram perdas “normais” e estudos são feitos para evitar um agravamento do problema”, disse Stephanes. Ele salientou que “se a agricultura vai bem, 4 mil municípios também vão bem”, porque o agronegócio está na base da economia dessas cidades.

Stephanes informou que o Brasil exporta produtos agropecuários para mais de 180 países. Em 2008, a receita com exportação atingiu o número recorde

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