Société Générale vê espaço para alta nas cotações futuras do café robusta

A previsão do banco de US$ 2.249 por tonelada nos últimos três meses do ano saltou para US$ 2.315 por tonelada no período de janeiro a março de 2018.

A perspectiva do Société Générale para os futuros do café robusta é de alta, mesmo com as apostas de que a cultura pode se beneficiar com a baixa oferta do grão arábica. A previsão do banco de US$ 2.249 por tonelada nos últimos três meses do ano saltou para US$ 2.315 por tonelada no período de janeiro a março de 2018.


Na quinta-feira (23), o vencimento novembro/17 da variedade estava cotado a US$ 2.199 e o março/18 registrava US$ 2.192 por tonelada.


As previsões de preço do banco refletem que, embora a produção de café robusta nos quatro principais países produtores – Vietnã, Brasil, Indonésia e Índia – se recuperará em 6 milhões de sacas em 2017/18, isso representará apenas uma recuperação parcial da queda de 10 milhões de sacas da atual temporada, que foi afetada pelas condições climáticas adversas.


O SocGen acrescenta que a Uganda, quinto maior produtor da variedade, “ainda sofre com o impacto de uma seca severa e que poderia estreitar ainda mais a demanda e a oferta”.


“Oportunidade no curto prazo”


Para o café arábica, negociado na Bolsa de Nova York, o banco cortou suas previsões de preços em até 22 centavos por libra-peso, deixando sua estimativa no último trimestre deste ano para futuros em 152 cents/lb, com a perspectiva de uma queda para 145 cents/lb no início de 2018.


Apesar das perspectivas “neutras” para os preços do café arábica no momento, “o fim da curva dos preços do café arábica apresenta uma oportunidade de curto prazo” dada a possibilidade de um aumento na produção brasileira para o próximo ano.


O Brasil vive anos alternados de alta e baixa da produção de café arábica, com o SocGen apontando a produção do país em 2017, um ano “off”, 39 milhões de sacas – o suficiente para suportar um superávit na produção mundial de grão de 3,5 milhões.


Tradução: Jhonatas Simião


Fonte: Agrimoney

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