Devido a dificuldade de contratação de mão-de-obra e o custo elevado de seus encargos sociais, tem ocorrido limitações a serem enfrentadas pelos cafeicultores na época da colheita do café, com os mesmos buscando alternativas como a locação de máquinas para execução desse serviço.
Embora em determinadas situações as condições da lavoura não permita total mecanização ou ainda o produtor não possua os recursos suficientes para essa operação, pode ser adotada a colheita semimecanizada com o objetivo de reduzir custos sem comprometer a eficiência do trabalho e a qualidade do produto.
Esta semimecanização da colheita compreende a pratica de intercalação de mão-de-obra e de máquinas, que possibilitam facilitar a execução das etapas desta operação com maior escala de produção em menor espaço de tempo.
Baseada na oferta de diversos tipos de máquinas, levando-se em consideração as características da lavoura e os recursos do produtor, podem ser realizadas diferentes combinações de semimecanização da colheita do café.
Como exemplos típicos de colheita semimecanizada, podem ser visualizados nas combinações da derriça dos frutos quer seja no pano ou no chão, realizadas por derriçadeiras acopladas ao trator, por derriçadeiras de operação manual e por derriça manual dos frutos, com este mesmo café sendo enleirado com rastelo ou máquina enleiradora, levantado manualmente com abanação na peneira ou com abanador mecânico, ou ainda levantado diretamente do chão por máquina recolhedora.
Estudos de melhor combinação deverá ser realizado pelos pequenos e médios cafeicultores, simulando as diversas alternativas de colheita que proporcionem vantagens, observando as condições e os recursos que lhe são oferecidos, para poder se obter a melhor redução de despesas com serviços e com investimentos.
Julio Cesar Freitas Santos / Pesquisador Fitotecnista
Embrapa Café / Epamig Patrocínio