SEMANA: CLIMA SECO NO BRASIL MANTÉM PREÇOS DO CAFÉ EM ALTA

8 de fevereiro de 2014 | Sem comentários Análise de Mercado Mercado

SAFRAS (07) – A especulação foi forte no mercado internacional do café na semana. E tudo envolvendo o clima seco e quente no cinturão produtor do Brasil, que tanto ameaça a safra 2014. A falta de chuvas persiste e vai agravando os temores e as indicações de efetivas perdas para a safra brasileira de café.

As cotações do arábica na Bolsa de Nova York, que balizam o café globalmente, tiveram nos quatro dias da semana até a quinta-feira (06) três sessões de ganhos e apenas uma de perda, em que pese o dia de baixa (06/02) ter sido de forte descida. E essa montanha-russa é normal em períodos de ampla especulação, com realização de lucros entrando forte em algumas sessões em NY.

De qualquer forma, no balanço da semana em NY até a quinta-feira, o preço do arábica no contrato março subiu 8,4%, passando de 125,20 para 135,75 centavos de dólar por libra-peso.

No Brasil, a semana foi agitada com a subida nas cotações internacionais. O mercado nacional acompanhou as altas externas e nos dias em que NY subiu o ritmo de negócios ganhou mais força. No balanço da semana até a quinta-feira, o café arábica bebida boa no sul de Minas Gerais subiu de R$ 320,00 para R$ 345,00 a saca, com valorização acumulada de 7,8%.

OIC

O relatório mensal de fevereiro da Organização Internacional do Café (OIC) trouxe a primeira estimativa da entidade para a produção mundial da temporada 2013/14 (out-set). Segundo a OIC, haverá um “moderado crescimento” no volume de produção, que deve atingir 145,8 milhões de sacas de 60 quilos, ante as 145,1 milhões de sacas de 2012/13, elevação de 700 mil sacas, ou de 0,5%.

A produção de café arábica deve diminuir 3,8% em 2013/14, totalizando 85,4 milhões de sacas, representando 58,6% da produção total. A queda na produção de café arábica se deve principalmente aos efeitos da ferrugem em importantes regiões de cultivo da América Central e também pela queda na produção de café arábica do Brasil. Já a produção total de café robusta deve crescer 7,2% em 2013/14, atingindo 60,3 milhões de sacas.

Para a temporada internacional de café 2013/14, cuja colheita foi realizada no ano passado no Brasil, a OIC comenta que os cafeicultores do principal produtor mundial obtiveram uma produção recorde para um ano de produtividade baixa no ciclo do café arábica, totalizando 49,2 milhões de sacas, queda de apenas 3,3% contra o ano anterior, de produção alta.

As regiões produtoras de café da América Central e do México foram e continuam sendo severamente afetadas pela disseminação de um fungo causador da ferrugem, com perdas previstas para quase todos os países no ciclo 2013/14. A região deve produzir 13,5% menos, colhendo apenas 16 milhões de sacas de 60 quilos, pior resultado desde 2004/05.

(LC) / (FR)

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