O secretário adjunto de Agricultura e Abastecimento, Antônio Júlio Junqueira de Queiroz, entrou em contato a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), no início desse mês, para a implantação do levantamento de safras de culturas perenes, semi-perenes e anuais por meio de satélites e sistemas georeferenciados. “Estive há 10 dias em contato com o pessoal da Embrapa, que tem uma parceria com o pessoal da Flórida. Eles ficaram de enviar uma minuta para Secretaria de Agricultura e a gente dar continuidade num entendimento”, disse. Segundo o Queiroz, uma das primeiras iniciativas tomadas pela Secretaria de Agricultura de São Paulo foi tomar conhecimento do Projeto Geosafras. “Que, aliás, pode ser utilizado para laranja, café, cana-de-açúcar, eucalipto e outros”, afirmou. Ele destacou a necessidade dos produtores paulistas terem informações sobre a atividade não apenas no Brasil, mas também informações dos produtos agropecuários no mundo.
Queiroz lembrou que já existia uma iniciativa com a finalidade de viabilizar o projeto, mas que não houve continuidade. A idéia, agora, é promover uma iniciativa com a participação do setor público e do setor privado. “O processo não andou. Tínhamos contatado inicialmente a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) e o processo parou. Agora, nós vamos retomar esse assunto.” Ele explicou que, apesar da Secretaria contar com uma estrutura, a idéia é trazer mais pessoal para viabilizar o projeto. “É questão da gente querer politicamente”, afirmou. No que diz respeito ao levantamento de safra da citricultura, Queiroz explicou que seria necessário incluir uma parte de Minas Gerais, que responde por aproximadamente 11% da safra da fruta. “O maior problema que o projeto abrange São Paulo e Minas Gerais e seria necessário fazer um convênio com o estado mineiro. Acho que vamos conseguir com bom entendimento político.”
No caso da citricultura, disse, produtores e indústrias apresentam constantes atritos. “Não podemos ficar brigando. Temos que olhar para a frente. Fica um dando tiro no pé do outro. Vamos sentar e montar um programa que vai servir para outras atividades.” Sobre o Consecitrus, Queiroz confirmou a participação no Conselho do Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus), disse que tem informações do ex-ministro, Roberto Rodrigues que o processo caminha bem e que há possibilidade do Consecitrus também vingar.” Segundo Queiroz, como o mercado internacional de suco concentrado de laranja está em alta, seria o melhor momento para se chegar a um entendimento. “Temos de resolver o problema quando as pessoas estão com dinheiro em caixa porque a parte mais sensível do homem é o bolso. Temos que ter juízo. Sentar e resolver o problema porque quando o negócio cai, afinal é uma commodity, ninguém vai querer mais saber.”