16/11/2006 14:11:05 –
Alguns detalhes sobre a operação da rede de cafeterias Starbucks no Brasil acabam de ser revelados. A revista Veja desta semana traz uma série de reportagens sobre o café e a principal delas, intitulada “O grão que mudou o mundo” foca principalmente a chegada da rede americana ao mercado brasileiro.
Além das duas primeiras lojas que serão inauguradas no MorumbiShopping, na Zona Sul de São Paulo, poderão, a depender do movimento inicial, ser abertas outras cinco, ainda no primeiro semestre de 2007.
E, se a Starbucks tiver no Brasil a mesma ascensão verificada no México, nas Filipinas ou na Coréia do Sul, ao menos uma centena de lojas poderá ser inaugurada nos próximos três anos.
A reportagem cita possíveis razões para o sobrepreço conseguido pela Starbucks para seus cafés, dentre as quais o conforto do ambiente
nas lojas. Mas conclui que este se deve aos melhores preços pagos aos produtores, que, assim, são fidelizados, desde que incorporem critérios socioambientais e realizem o plantio com metodologias que considerem a conservação da biodiversidade e suas condições de sobrevivência.
O principal objetivo do sobrepreço pago aos produtores seria assegurar o suprimento e criar marcas que fiquem gravadas na mente dos consumidores (Colombia Nariño, Costa Rica Tarrazú, Ethiopia Sidamo, Ipanema Bourbon e Kenya são algumas delas).
Coube à administradora Maria Luisa Rodenbeck, sócia brasileira da Starbucks explicar aos executivos da rede as vicissitudes do mercado brasileiro e a miríade regulatória do país.
Também foi desenvolvido o Brasil Blend, a primeira mistura de cafés brasileiros criada pela Starbucks, feita para replicar o sabor do cafezinho bebido em xícaras pequenas pelos brasileiros.
“O Brasil Blend é uma expressão de
respeito e um gesto de carinho da Starbucks pelos mais finos cafés do Brasil”, diz Maria Luisa. Além do Brasil Blend o cardápio terá como novidade para o país a inclusão de pães de queijo, muffins salgados e croissants de catupiry.
Quanto aos preços, a idéia foi calibrá-los de modo a remunerar o investimento sem afugentar os consumidores. “Quem acha que nossos preços não serão competitivos cairá do cavalo”, diz Maria Luiza. Segundo a Veja, o expresso simples custará 2,50 reais – abaixo do valor cobrado pelas cafeterias mais luxuosas, mas acima do das redes populares.