Renda agrícola deve atingir R$ 155,27 bilhões em 2008

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10/07/2008
 
Renda agrícola deve atingir R$ 155,27 bilhões em 2008
 
 
10/07 – 09:34
A estimativa de renda agrícola, para a safra de 2008, calculada a partir dos últimos levantamentos da Conab e do IBGE referentes a junho situa-se em R$ 155,27 bilhões. Esse valor corresponde a 20 lavouras, entre as temporárias como soja, milho, arroz, trigo, cana-de-açúcar e algumas permanentes como café, cacau, laranja e uva. O valor obtido representa, em relação ao ano de 2007, um acréscimo de 17,11%, já descontada a inflação. O acompanhamento da renda agrícola é realizado mensalmente pela Assessoria de Gestão Estratégica (AGE), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).


Entre os produtos analisados, seis apresentam redução de renda em relação ao ano passado (algodão herbáceo, cana-de-açúcar, mandioca, pimenta-do-reino, tomate e uva). Essa variação negativa decorre de efeitos de preços e quantidades. Com exceção da mandioca, os demais tiveram redução de preços em relação ao ano passado. O produto que mais chama atenção é a cana-de-açúcar, de acordo com o coordenador de Planejamento Estratégico do Mapa, José Garcia Gasques. “Mesmo apresentando aumento de produção de 14 % em relação a 2007, sofreu acentuada queda de preços, levando, portanto a uma redução da renda desse produto’, afirma.


Outros 14 produtos apresentaram elevação de renda em 2008. Os maiores aumentos ocorrem no feijão (87,78%), café (48,69%), trigo (40,79%), soja (31,83 %) e milho (30,65%). Para Gasques, “não menos importantes em termos de aumento de renda, devem ser considerados também a cebola, o arroz, laranja, amendoim e o cacau”.


Os resultados para a renda regional mostram que o Centro-Oeste e o Sul lideram a expansão de renda em relação ao ano passado. Na observação do coordenador, nessas regiões a liderança é dos estados de Mato Grosso e Goiás no Centro-Oeste, e Paraná no Sul do País. A região Sudeste é a terceira em aumento de renda, posição influenciada pela expansão de renda em Minas Gerais e São Paulo. Entre as demais regiões, o Nordeste apresenta bom desempenho este ano, enquanto o Norte apresenta ligeira redução de renda em relação ao ano passado. 

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