São Paulo, 18 de Maio de 2006 – O maior desafio na busca do aumento do consumo de café é a qualidade do produto, segundo o diretor-executivo da Organização Internacional do Café (OIC), Nestor Osorio. “Quem toma uma xícara de café ruim não quer a segunda, mas quem prova um café bom quer mais. A melhora na qualidade promove o consumo e o aumento dos preços”, diz Osorio.
O representante da OIC diz que não acredita em risco de desabastecimento de café. “O que existe é uma oferta justa. A produção mundial da safra 2006/07 vai somar 120 milhões de sacas, para um consumo de 118 milhões de sacas”, diz.
Para Osorio, os investimentos do setor devem ser voltados para a renovação das lavouras e o aumento da produtividade e não para a incorporação de novas áreas. “O ideal é que a produção cresça no mesmo ritmo do aumento do consumo, para evitar queda de preços”, afirma.
Clima favorável
Não há riscos de geada sobre as lavouras de café do Brasil até o fim de maio, segundo Paulo Etchichury, da Somar Meteorologia. “Não existem indícios de entrada de ar frio com risco de geada até o fim do mês”, diz. Isso porque o fenômeno La Niña faz com que as massas de ar frio sejam deslocadas para o oceano. “Com o enfraquecimento da La Niña, a partir de junho, pode haver risco de geadas”, explica.