16/12/2006 21:12:04 –
“Essa redução já era esperada em função da bianualidade da lavoura de café (num ano a safra é grande e no outro é menor)”, explicou Linneu. “As condições climáticas adversas, como a estiagem no período da florada, contribuíram para a diminuição da safra.”. Segundo o levantamento da Conab, Minas Gerais, São Paulo e Paraná foram os estados que registraram as maiores quedas na produção de café.
Em Minas Minas Gerais, que representa 50% da produção brasileira, a redução pode chegar a 37%. No sul do estado, a quebra será maior ainda, cerca de 47%. No Espírito Santo, segundo maior plantio, a baixa deve ser de 0,6% a 0,7%, devido, principalmente, à diminuição do tipo arábica. A cultura capixaba predominante é do conilon robusta, que representa 79,3% da produção estadual.
Linneu estava acompanhado do presidente da Conab, Jacinto Ferreira, e do diretor do Departamento de café do Ministério, Vilmondes Olegário da Silva, durante o anúncio da safra de café. A safra 2007/08, segundo Linneu, deverá ter 21,8 milhões de sacas de arábica e 9,8 milhões de café robusta.
A safra passada, de 42,5 milhões, teve uma produtividade média de 19,75 milhões de sacas e uma área cultivada de 2,3 milhões hectares. Do total, 33 milhões de arábica e 9,5 milhões de robusta. A produção 2006/2007 representa um crescimento de 29% em comparação com a 2005/2006, que foi de 33,3 milhões de sacas.
Área
A área em produção da safra 2007/08 está projetada em 2,09 milhões de hectares, o que significa uma redução de 2,8% em relação à anterior, de 2,15 milhões/ha. A maior queda é verificada em Minas Gerais e São Paulo, onde parte das terras destinadas ao café foi substituída pela cana-de-açúcar.
A pesquisa foi realizada por 171 técnicos da Conab e de órgãos conveniados, no período de 16 de novembro a 6 deste mês, nos principais estados produtores. Foram aplicados 2.812 questionários junto a produtores, cooperativas e representantes de órgãos públicos e privados.
Mais informações: www.conab.gov.br