Preços do café caem em agosto com expectativa de boa oferta em 2018

Em Nova York, o arábica rompeu a importante linha de US$ 1,30 a libra-peso, embora não tenha se distanciado muito desse patamar.

2 de setembro de 2017 | Sem comentários Análise de Mercado Mercado

Porto Alegre, 1 de setembro de 2017 – Os preços do café caíram no balanço do mês de agosto no mercado internacional. Na Bolsa de Nova York para o arábica e na Bolsa de Londres para o robusta as cotações foram pressionadas pelo sentimento de melhora na oferta global em 2018, crescendo no mercado a expectativa de uma grande safra brasileira futura.



Em Nova York, o arábica rompeu a importante linha de US$ 1,30 a libra-peso, embora não tenha se distanciado muito desse patamar. Segundo o consultor de SAFRAS & Mercado, Gil Barabach, o fluxo de embarques do Brasil em agosto e o sentimento de um safra grande do Brasil em 2018 pesam do lado fundamental.

Barabach lembra que o volume acumulado de café verde embarcado pelo Brasil em agosto, até o último dia 27, totaliza 1,91 milhão de sacas de café verde. “O bom volume exportado ajuda a quebrar a morosidade no fluxo externo nacional, e potencializa um crescimento dos embarques brasileiros ao longo dos próximos meses, como já é normal no segundo semestre do ano. Isso dá mais tranquilidade ao abastecimetbo mundial”, avalia.



Ele indica ainda que o mercado externo segue reticente com a ideia de uma safra 2017 menor que a esperada, inicialmente aqui no Brasil. E com o término da colheita atual, os operadores voltam a sua atenção agora para as floradas e os primeiros sinais da próxima safra. “A expectativa é de uma safra grande no Brasil em 2018. Lá fora o número mágico é 60 milhões de sacas. E, para que isso se confirme, é preciso que o clima colabore. Diante disso, espaço aberto para o mercado de clima, só que agora pautado nas chuvas”, conclui.



No balanço mensal, o café arábica em Nova York (dezembro) fechou acumulando queda de 9,4% em agosto. Em Londres, o robusta acumulou uma baixa de 2,1% (novembro).



Enquanto isso, o mercado físico brasileiro andou de forma moderada em agosto, com os produtores tentando controlar a oferta e com os compradores se distanciando diante das perdas internacionais. No Sul de Minas Gerais, o café arábica bebida boa, que fechara julho a R$ 470,00 a saca, terminou agosto a R$ 450,00.



Lessandro Carvalho (lessandro@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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