Preços despencam recebidos pelos Produtores (IPR), café apresentou queda de 20,37% apresentam queda de 10,81%

Tabelas de produtos agropecuários acumulam queda de 11,3% no ano

17 de outubro de 2005 | Sem comentários Comércio Mercado Interno
Por: Estado de Minas

Os preços dos produtos agropecuários continuam caindo. Pelo sexto mês seguido, o Índice de Preços Recebidos pelos Produtores (IPR), calculado pela Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), teve queda de 4,75% em setembro, comparado com agosto. No acumulado do ano, a redução chega a 11,3%.

Segundo o economista do Departamento Técnico da Faemg, Sérgio Avellar, isso “reforça a transferência de renda do setor para o consumidor final”. De acordo com ele, o índice tende a reverter a tendência de queda até o fim do ano por causa da conclusão da colheita do café e expectativa de estabilidade nas cotações desse produto. “Essa situação projeta um cenário ruim para 2006, pois a queda na renda dos produtores poderá levar a uma redução no uso de tecnologia nas lavouras, ocasionando queda na produção e aumento de preços aos consumidores.”

OFERTA MAIOR Os produtos que puxaram as cotações para baixo em setembro foram café, com redução de 9,27%, boi gordo, que caiu 3,46%, leite, menos 5,67%, feijão, recuo de 14,27%, e soja, com 4,20% negativos. Para o boi gordo, leite e feijão, a queda se deve ao aumento da oferta. Já o café apresentou redução nas cotações devido à finalização da colheita e bons índices de chuva nas regiões produtoras, que trazem uma expectativa favorável para a próxima safra.

Para a soja, as justificativas são redução nos preços internacionais, puxados pelo avanço da colheita americana, que apresentou alto índice de produtividade, e valorização do real frente ao dólar. No acumulado do ano, esses produtos apresentam queda de 10,81% para o café, 20,37% para o boi gordo, 7,43% para o leite e 12,1% para a soja.

Apenas o algodão e a carne suína, entre os produtos analisados, tiveram aumento de preço em setembro. As cotações do algodão subiram 4,14% e do suíno, 4,40%. No acumulado do ano, a maior alta é a do milho, com 11,95%, mas que em setembro recuou 0,18% em relação a agosto.

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