Publicação: 16/11/06
O café brasileiro vai aproveitar as Olimpíadas de 2008 para aumentar as vendas do produto na China, mercado ainda incipiente para o produto. Com o esse objetivo, o Comitê de Promoção e Marketing do Conselho Deliberativo da Política Cafeeira (CDPC) tem em seus planos aproveitar essa oportunidade, na esteira de iniciativas que começaram a ser tomadas por empresas naquele país. O coordenador executivo do programa de exportação Cafés do Brasil, Cristian Santiago, lembra que as cafeterias são a fase inicial desse processo.
E já há iniciativas bem-sucedidas nessa área. A Cooxupé (cooperativa dos produtores de Guaxupé) comemora os bons resultados do projeto de abrir uma cafeteria na China. Animada, a diretoria da cooperativa já aprovou a instalação de uma segunda loja no centro da cidade de Xi’na. Já a Café do Centro pretende abrir uma cafeteria na China no ano que vem, segundo seu presidente, Rafael Perez. A empresa está apostando no mercado da Ásia. O planejamento tem como base o sucesso alcançado pela primeira unidade, inaugurada há três meses em Tóquio, no Japão. A segunda unidade da cafeteria, que também será em Tóquio, tem inauguração prevista para fevereiro de 2007.
Para a abertura dessa unidade, a previsão é de que sejam investidos aproximadamente US$ 500 mil. Apenas 50% das floradas Em relação à safra brasileira, em outubro, as chuvas beneficiaram os cafezais, mas apenas 50% das plantações apresentaram floradas consideradas médias e boas. O motivo é a grande carga de café colhida na atual safra (2006/07) – de 41,6 milhões de sacas segundo a Conab – que causa estresse nas plantas e inibe uma maior produção. O Indicador Cepea/Esalq do arábica teve média mensal de R$ 235,12/saca de 60 kg, alta de 0,7% frente a setembro. Para o robusta, a valorização foi de 1,6%, com o Indicador a R$ 185,92/saca de 60 kg.
Segundo o Cepea, o mercado brasileiro de café foi calmo em outubro. Produtores continuaram segurando suas ofertas, no intuito de negociá-las em períodos de alta. Analistas acreditam que essa valorização poderá ocorrer no início do ano que vem na entressafra. Por sua vez, a Cooxupé prevê que a produção brasileira do tipo arábica nas principais áreas de cultivo do Sudeste do País provavelmente despencará na próxima safra após a temporada mais seca do último período de pelo menos 20 anos ter prejudicado a florada dos pés.
“Em muitas lavouras onde esperávamos obter uma boa floração, ela praticamente não ocorreu”, disse Gullar, cuja cooperativa representa 13% da produção de grãos do tipo arábica do Brasil.