A variedade de café do Instituto Agronômico de Campinas (IAC) tem apenas 0,1% de cafeína, quase nada se comparada aos grãos tradicionais de arábica (1,2%) e robusta (2,4%).
Publicado em: 14 jan 2016
Batizada de “AC”, em homenagem a Alcides Carvalho, considerado o maior melhorista de café do Brasil, a variedade de café do Instituto Agronômico de Campinas (IAC) tem apenas 0,1% de cafeína, quase nada se comparada aos grãos tradicionais de arábica (1,2%) e robusta (2,4%). A característica foi encontrada em três exemplares do banco de germoplasma do instituto, e atingiram esse teor mínimo de cafeína por meio de mutações com grãos arábica.
A pesquisadora Maria Bernadete Silvarolla analisou perto de 3 mil plantas entre 1999 e 2003. Em 2004, veio a surpresa. Desde então, o desafio tem sido tornar a variedade “AC” comercialmente viável, elevando a sua produtividade. Enquanto uma boa média é de 20 a 30 sacas de café colhido por hectare, a grão com baixa cafeína rende, no máximo, 10. Um trabalho que pode durar anos.
Fonte : Valor