VINICIUS HOLANDA
Santos era um dos locais destacados pelo Ministério daAgricultura da Itália, no início do século 20, como promissor para a lavoura e oplantio do café no Brasil. OMappa agricola dello stato diS.Paolo, datado de 1901, é um dos documentos - reproduzido em grandes dimensões -que integram a exposição A Trajetória das Correntes Imigratórias no Brasil, inaugurada quarta-feira, no Museu docafé, instalado no edifício daBolsa Oficial do café, no Centro de Santos.
Na exposição, fica-se sabendo que a primeira transição entre os sistemas escravagista ede trabalhadores livres coubeao senador Nicolau PereiraVergueiro, que, em 1840, contratou primeiramente famíliasportuguesas e, depois, germânicas e suíças para trabalhar naregião de Limeira.
A Sociedade Promotora deImigração é criada no Estado, em 1886, para acelerar ofluxo de estrangeiros no Paíspara trabalhar principalmente na lavoura de café. A exposição conta a história dessecontingente de trabalhadores que saíram da Europa eJapão para fortalecer a cafeicultura nacional.
A mostra junta-se a outra -A Trajetória dos PrimeirosImigrantes Japoneses no Brasil e o café Brasileiro hoje noJapão +, em exposição desdejulho de 2008 no museu.
Durante a solenidade de abertura da exposição, que vai até2 de agosto, o secretário deEstadodo Meio Ambiente, Xico Graziano, tomou posse como conselheiro do Museu docafé. “É uma honra. A mostrae este lugar (o prédio da Bolsa) nos permitem rememorarum trecho importante da nossa história”, disse.
Graziano se junta aos demais 28 membros de personalidades do setor cafeeiro e denotório saber que formam oconselho de administraçãodo museu, que, desde dezembro, deixou de ser uma entidade sem fins lucrativos para setornar uma organização social, ligada à Secretaria de Estado da Cultura.
“É uma mudança que capacita a nossa atuação. O museufica subordinado ao Governoestadual quando houver provimento de recursos públicos”, explicou o presidente doMuseu do café, GuilhermeBraga Pires.
Um acordo firmado com aSecretaria de Cultura prevêum investimento de R$ 1,2milhão para melhorias no local. Parte da verba já liberada R$ 200 mil está sendousada na recuperação da fachada do edifício.
Santos era um dos locais destacados pelo Ministério da Agricultura da Itália, no início do século 20, como promissor para a lavoura e o plantio do café no Brasil. O Mappa agricola dello stato di S.Paolo, datado de 1901, é um dos documentos - reproduzido em grandes dimensões - que integram a exposição A Trajetória das Correntes Imigratórias no Brasil.