Ministra Kátia Abreu está à frente da Agricultura desde janeiro do ano passado.
22 abr 2016 – Diante do atual ambiente político em Brasília, a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, se diz “muito preocupada com o Plano Agrícola e Pecuário (PAP)”, principal política pública do governo federal que define as regras de apoio ao setor na safra 2016/2017, especialmente o financiamento do campo.
Em entrevista à Globo Rural logo após gravar entrevista no Programa do Jô, na última terça-feira (19), nos estúdios da TV Globo em São Paulo, a ministra afirmou que o Plano para a temporada 2016/2017 está pronto e que ela tentará antecipar seu lançamento. Normalmente, o programa é lançado em junho pelo governo federal.
Segundo Kátia, os recursos destinados ao próximo PAP estão definidos e “se for a presidente Dilma[que fará o lançamento], não vai ter redução”, disse. Em caso de afastamento da presidente, no entanto, Kátia disse que é impossível prever o que irá acontecer. “Vamos aguardar. A presidente vai continuar na luta até o final”, destacou a ministra, uma das principais aliadas de Dilma.
Novas leis
Apesar do risco em ter de deixar o ministério da Agricultura, caso a presidente seja afastada do cargo, Kátia Abreu disse que está trabalhando para enviar ao Congresso ainda este mês projetos de lei importantes para o setor produtivo brasileiro, entre os quais a nova lei agrícola plurianual.
“Eu quero que a lei (plurianual) seja de cinco anos e está praticamente pronta. Preciso só pegar o ‘okay’ da presidente”, disse a ministra. Uma lei para Defesa Vegetal e o resgate de um fundo deDefesa Agropecuária também estão na lista das prioridades da ministra. “Vamos resgatar um fundo que já tinha sido criado, mas nunca foi implementado, para dar autonomia à sanidade animal e vegetal e o setor não ficar dependendo de orçamentos”.
A ministra também diz que já tem orçamento aprovado para triplicar o número de adidos agrícolasdo Brasil no exterior, hoje existem oito. “Vou colocar mais onde já tem e novos também. Não estou especificando o país, como era feito no passado, para poder trocar de acordo com a estratégia do país. Vamos mandar mais dois pra China, um para Rússia, entre outros”, afirmou.