As importações brasileiras quase dobraram na segunda semana de janeiro em relação ao período anterior e somaram US$ 2,17 bilhões, reduzindo pela metade o superávit comercial, para US$ 360 milhões. Os dados foram divulgados ontem pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic).
Pela média diária, de US$ 433,8 milhões, as importações cresceram 23,6% em relação a primeira semana do mês. Houve aumento principalmente nas compras de combustíveis e lubrificantes, equipamentos mecânicos, equipamentos eletroeletrônicos, químicos orgânicos e inorgânicos, automóveis, autopeças, instrumentos de ótica e precisão e cobre e suas obras.
Quanto às exportações, a média diária chegou a US$ 505,8 milhões, mesmo número registrado na primeira semana. As vendas de produtos básicos cresceram 13,1%, para US$ 161,8 milhões, por conta, principalmente, petróleo em bruto, café em grão, minério de cobre e milho em grão, enquanto caíram as vendas de produtos semimanufaturados em 15,9%, para US$ 77,1 milhões. Também caíram as vendas de manufaturados, 3,0%, para US$ 253,1 milhões, com retração nas exportações de suco de laranja congelado, calçados, polímeros plásticos, açúcar refinado, fio-máquina de ferro e aço, aparelhos transmissores/receptores e tubos de ferro/fundido.
No mês, considerando-se os números até a segunda semana pela média diária, as exportações cresceram 20% em relação ao mesmo período do ano passado. Houve expansão nas das três categorias de produtos. Nos semimanufaturados o crescimento foi de 44,2%, para US$ 83,6 milhões, por conta de catodos de cobre, açúcar em bruto, couros e peles, ferro-ligas, celulose, semimanufaturados de ferro e aço e ferro fundido. Nos básicos, alta de 23,2%, para US$ 153,5 milhões, cresceram as exportações de minérios de cobre, milho em grão, fumo em folhas, minério de ferro, carne bovina e suína e café em grão. Entre os e manufaturados, alta de 12,5%, para US$ 256,6 milhões, aumentaram as vendas de ferramentas para uso manual e máquinas, álcool etílico, suco de laranja, polímeros plásticos, óxidos e hidróxidos de alumínio, tubos de ferro fundido, veículos de carga, calçados e aviões. Frente a dezembro, porém, a média diária das exportações caiu 17,3%.
Nas importações, a média diária em janeiro está em US$ 397,2 milhões — 35,5% a mais do que a registrada em janeiro de 2006 e 10% superior a dezembro. No comparativo com o janeiro do ano passado houve aumento nos gastos de combustíveis e lubrificantes, cobre e suas obras, adubos e fertilizantes, farmacêuticos, químicos orgânicos e inorgânicos, plásticos e obras, automóveis e autopeças.