O governo brasileiro deverá divulgar até o início de agosto um pacote de ajuda ao setor de café que deverá incluir um programa de subvenção conhecido como Pepro, leilões de opções públicas – que permitirão novamente um acúmulo de estoques governamentais – e financiamentos para a estocagem privada.

As informações foram passadas pelo presidente do Conselho Nacional do Café (CNC), Gilson Ximenes, que comanda a entidade que reúne as cooperatias de cafeicultores. Ele se reuniu nesta quinta-feira com integrantes do governo, entre eles o secretário-executivo do Ministério da Agricultura, o número dois da pasta, Silas Brasileiro.

“O governo está alinhavando, acertando com todo mundo. Acredito que no mês de agosto esteja tudo ok. Eles estão querendo, além do Pepro, lançar mais algumas medidas, para poder dar uma sustentação mais forte ao mercado”, declarou Ximenes, em Brasília.

“Opção, financiamento de longo prazo. Então é por isso que está demorando um pouquinho (para se definir o Pepro), porque vai sair um pacote só”, explicou ele.

O Ministério da Agricultura faria leilão de contratos de opções públicas para um volume de 2 milhões de sacas (60 kg), um programa que foi realizado no passado, quando o governo costumava acumular estoques do produto, segundo Ximenes.

Atualmente, restam poucas sacas de café no estoques governamentais.

“O mercado já experimentou isso no passado (opção pública). Como o governo está sem estoque nenhum, vai lançar uma quantidade xis de opção”, informou Ximenes.

Além das opções, o pacote do governo para cafeicultura incluiria um financiamento para os produtores contarem com mais recursos para estocar o café, o que lhes permitiria não escoar a produção de uma só vez. Isso em tese resultaria em preços mais sustentados.

Pepro
“A decisão é que vai ter Pepro, até o mês de agosto está tudo estabelecido”, destacou Ximenes, observando que ainda não foi definido nem o preço de referência nem o valor inicial do prêmio que será colocado em leilão.

De acordo com o presidente do CNC, o preço de referência teria de ser superior aos R$ 300 por saca do ano passado, porque os custos estão maiores atualmente.

“Tem que aumentar o preço mesmo, porque nesses preços não fica ninguém, tem que ser condizente, né? Ele não pode abrir um Pepro com 260 contos, tem que ser um Pepro para (que o produtor receba) R$ 300, no mínimo”, disse ele.

No Pepro (Prêmio Equalizador Pago ao Produtor), subvenção é dada ao cafeicultor que se disponha a vender o produto pela diferença entre o valor de referência estabelecido pelo governo e o prêmio disputado em leilão.

Na safra passada, o governo realizou Pepro para apoiar a comercialização de 5 milhões de sacas.

Para a atual (2008/09), que é superior à passada, o Pepro seria realizado para 12 milhões de sacas.

“Esses são os números do governo, que ele lançou. Nós queremos mais um pouquinho. Acredito que até dia 10 de agosto está fechado, segundo informações do próprio governo”, disse Ximenes.

Na temporada passada, o governo contava com R$ 200 milhões para realizar o Pepro, enquanto na atual o programa terá R$ 300 milhões, segundo anúncio feito pelo secretário Silas Brasileiro em abril.

Os programas de financiamento e de opções teriam recursos adicionais aos do Pepro, segundo o dirigente do CNC.

Em nota, o secretário-executivo do ministério da Agricultura citou que o programa deverá fixar o preço de 300 reais por saca.

“Devemos estabelecer como referência o preço de R$ 300 a saca de café e estamos discutindo o valor do prêmio, que poderá ser de R$ 25 ou R$ 30. Ao todo, o investimento será de R$ 300 milhões. O objetivo é incentivar a participação de mais produtores, visto que este é um programa social do governo”, disse Brasileiro.

De acordo com o ministério, a expectativa é de que o projeto final do Pepro seja apresentado na próxima reunião do Conselho Deliberativo da Política do Café (CDPC), prevista para meados de agosto. O leilão do Pepro deverá ocorrer no mês de setembro.

Reuters News

O governo brasileiro deverá divulgar até o início de agosto um pacote de ajuda ao setor de café que deverá incluir um programa de subvenção conhecido como Pepro, leilões de opções públicas – que permitirão novamente um acúmulo de estoques governamentais – e financiamentos para a estocagem privada.

As informações foram passadas pelo presidente do Conselho Nacional do café (CNC), Gilson Ximenes, que comanda a entidade que reúne as cooperatias de cafeicultores. Ele se reuniu nesta quinta-feira com integrantes do governo, entre eles o secretário-executivo do Ministério da Agricultura, o número dois da pasta, Silas Brasileiro.

“O governo está alinhavando, acertando com todo mundo. Acredito que no mês de agosto esteja tudo ok. Eles estão querendo, além do Pepro, lançar mais algumas medidas, para poder dar uma sustentação mais forte ao mercado”, declarou Ximenes, em Brasília.

“Opção, financiamento de longo prazo. Então é por isso que está demorando um pouquinho (para se definir o Pepro), porque vai sair um pacote só”, explicou ele.

O Ministério da Agricultura faria leilão de contratos de opções públicas para um volume de 2 milhões de sacas (60 kg), um programa que foi realizado no passado, quando o governo costumava acumular estoques do produto, segundo Ximenes.

Atualmente, restam poucas sacas de café no estoques governamentais.

“O mercado já experimentou isso no passado (opção pública). Como o governo está sem estoque nenhum, vai lançar uma quantidade xis de opção”, informou Ximenes.

Além das opções, o pacote do governo para cafeicultura incluiria um financiamento para os produtores contarem com mais recursos para estocar o café, o que lhes permitiria não escoar a produção de uma só vez. Isso em tese resultaria em preços mais sustentados.

Pepro
“A decisão é que vai ter Pepro, até o mês de agosto está tudo estabelecido”, destacou Ximenes, observando que ainda não foi definido nem o preço de referência nem o valor inicial do prêmio que será colocado em leilão.

De acordo com o presidente do CNC, o preço de referência teria de ser superior aos R$ 300 por saca do ano passado, porque os custos estão maiores atualmente.

“Tem que aumentar o preço mesmo, porque nesses preços não fica ninguém, tem que ser condizente, né? Ele não pode abrir um Pepro com 260 contos, tem que ser um Pepro para (que o produtor receba) R$ 300, no mínimo”, disse ele.

No Pepro (Prêmio Equalizador Pago ao Produtor), subvenção é dada ao cafeicultor que se disponha a vender o produto pela diferença entre o valor de referência estabelecido pelo governo e o prêmio disputado em leilão.

Na safra passada, o governo realizou Pepro para apoiar a comercialização de 5 milhões de sacas.

Para a atual (2008/09), que é superior à passada, o Pepro seria realizado para 12 milhões de sacas.

“Esses são os números do governo, que ele lançou. Nós queremos mais um pouquinho. Acredito que até dia 10 de agosto está fechado, segundo informações do próprio governo”, disse Ximenes.

Na temporada passada, o governo contava com R$ 200 milhões para realizar o Pepro, enquanto na atual o programa terá R$ 300 milhões, segundo anúncio feito pelo secretário Silas Brasileiro em abril.

Os programas de financiamento e de opções teriam recursos adicionais aos do Pepro, segundo o dirigente do CNC.

Em nota, o secretário-executivo do ministério da Agricultura citou que o programa deverá fixar o preço de 300 reais por saca.

“Devemos estabelecer como referência o preço de R$ 300 a saca de café e estamos discutindo o valor do prêmio, que poderá ser de R$ 25 ou R$ 30. Ao todo, o investimento será de R$ 300 milhões. O objetivo é incentivar a participação de mais produtores, visto que este é um programa social do governo”, disse Brasileiro.

De acordo com o ministério, a expectativa é de que o projeto final do Pepro seja apresentado na próxima reunião do Conselho Deliberativo da Política do café (CDPC), prevista para meados de agosto. O leilão do Pepro deverá ocorrer no mês de setembro.