SÃO PAULO – Os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), registrados em pesquisa, e divulgado hoje (20) pelo Ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, apontam ritmo recorde e mostram que de janeiro a maio deste ano foram gerados 913.836 novos postos no setor formal que ultrapassa a marca recorde de 2004, quando foram criados 826 mil postos no mesmo período. E se comparado ao mês passado à alta é de 18,9% registrada em 2006, que fechou o mês de maio com 768.343 novos empregos formais.
“O Estado nunca teve um papel tão importante no crescimento econômico, e esse resultado é fruto da política econômica adotada pelo presidente Lula, que teve a coragem de manter o controle da inflação e fazer os cortes dos juros de forma a resguardar a segurança que a economia exigia”, afirmou Lupi, que incrementa “graças a essa estabilidade, o Brasil hoje se tornou uma referência no comércio internacional” e justifica este resultado ao Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) do Governo Federal que está influenciando decisivamente na expansão do emprego formal e o país poderá bater este ano à marca de 1,5 milhão de novos postos formais, alcançado em 2004.
Nos últimos 12 meses, a variação acumulada atingiu 5,05%, com a criação de 1.374.179 postos formais. No mês de maio foram gerados 212.217 postos de trabalho, o que representa um crescimento de 0,75% no estoque de empregos do mês anterior, e supera o registrado em maio do ano passado (198.837 postos), atingindo o mesmo patamar verificado no mesmo mês de 2005 (212.450 postos), o segundo maior para o período.
“O ritmo de contratação dos quatro primeiros meses foi o maior da história, então também é natural que ele diminua. Mas graças aos investimentos do PAC podemos continuar esperando bons resultados de alguns setores como a construção civil, serviços, indústria e agricultura”, destacou o ministro do Trabalho e Emprego que afirma que a desaceleração em relação ao mês passado – o melhor desempenho mensal já registrado, com 301.991 novos postos – segue a tendência da série histórica, obedecendo a fatores sazonais.
Em maio deste ano todos os setores de atividade econômica apresentaram elevação no nível de emprego. A agropecuária foi o setor que mais gerou postos, com alta de 5,24% sendo 80.340 postos justificados com o cultivo do café e da cana-de-açúcar que mais contribuíram para esse resultado representando 36.977 e 25.622 empregos celetistas.
Desde o início do ano o setor registrou uma alta recorde de 11,94% (172.125 postos) no estoque de empregos, enquanto a variação do emprego celetista nacional no período foi de 3,30%. Em termos absolutos, o saldo da agropecuária nos últimos cinco meses foi 18% maior do que o resultado acumulado no mesmo período de 2002 (+146.314), até então o maior da série histórica do CAGED.
A indústria de transformação mostrou grande desempenho, responsável pela criação de 57.486, mais 0,86% vagas no mês, superando em 18% o resultado de maio de 2006 (48.764 postos). No acumulado do ano, o setor já criou 271.697 vagas, o segundo melhor resultado da série histórica do CAGED para o período.
Todos os ramos industriais obtiveram saldos positivos no mês em questão, com exceção da indústria de calçados que, prejudicada pela valorização da taxa de câmbio, registrou uma retração de 1.111 vagas com carteira (-0,35%). O melhor desempenho entre os ramos industriais foi da indústria de produtos alimentícios e bebidas, que respondeu pela geração de 34.789 empregos formais (+2,17%).
Os setores de serviços e comércio foram responsáveis pelo incremento de 39.590 (+0,35%) e 17.257 (+0,28%) postos de trabalho, respectivamente. Apesar de terem apresentado desempenho relativo inferior ao índice total das atividades (+0,75%), ambos vêm mantendo bons resultados nos últimos doze meses: o crescimento do emprego nos serviços (+4,85%) está bem próximo ao registrado para o total das atividades (+5,05) e o do comércio (+5,99%), supera esse resultado.
O desempenho da construção civil continua merecendo destaque. Em maio de 2007, o saldo no setor foi de 13.732 (ou +0,97%). Nos primeiros cinco meses deste ano, o setor já acumula 79.102 vagas (+5,85%), o maior resultado ocorrido no período de janeiro a maio em toda a série histórica do CAGED.
A expansão do número de trabalhadores celetistas ocorreu em todas as Grandes Regiões do país. Em termos absolutos, as regiões que mais se destacaram no mês em análise foram Sudeste (150.812 postos ou + 0,96%) e Nordeste (29.913 postos ou +0,73%). Entre as Unidades da Federação, São Paulo registrou o maior número de vagas criadas (81.467 ou +0,87%), seguido de Minas Gerais (52.989 ou +1,72%) e do Paraná (16.360 ou +0,85%). Apenas Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina registraram retração no estoque de emprego (-3.382, -628 e -120 vagas, respectivamente).
Em maio de 2007, o conjunto das nove regiões metropolitanas foi responsável pela geração de 43.548 empregos com carteira assinada (+0,37%), enquanto o interior dos estados desses aglomerados urbanos respondeu pela criação de 140.951 empregos celetistas (+1,34%). O desempenho favorável dos municípios não integrantes das regiões metropolitanas pode ser atribuído às atividades agroindustriais, mais especificamente, à cadeia sucroalcooleira e cafeeira.
Nesse sentido, os municípios do interior dos estados beneficiados pela sazonalidade positiva dessas atividades foram os que mais se destacaram: São Paulo (+61.527 postos ou +1,37%), Minas Gerais (+49.850 postos ou +2,59%) e Paraná (+12.140 postos ou +1,04%). No caso das áreas metropolitanas, as que mais se sobressaíram foram São Paulo (+19.940 postos ou +0,41%) e Rio de Janeiro (+5.299 postos ou +0,26%).