“Triplicamos anualmente as nossas vendas na Agrishow”, afirma Marcelo Bracco, diretor responsável pela operação Brasil da multinacional francesa Manitou.
Com o bom desempenho do agronegócio brasileiro, empresas que tradicionalmente atuam nos ramos de construção civil, mineração, entre outros, também voltam suas atenções para o campo, participam da 25ª Agrishow – Feira Internacional de Tecnologia Agrícola e comemoram os bons resultados em vendas ou em prospecções de futuros negócios. Duas dessas empresas, Manitou e XCMG, por exemplo, projetam crescimento de 200% em negócios em relação às suas participações anteriores na feira.
“Triplicamos anualmente as nossas vendas na Agrishow”, afirma Marcelo Bracco, diretor responsável pela operação Brasil da multinacional francesa Manitou. O foco agrícola da empresa no Brasil são os segmentos de grãos e silagem. “Nossos produtos manejam qualquer tipo de carga, substituindo carregadeiras, tratores e empilhadeiras”, acrescenta Bracco. A Manitou participa da Agrishow desde 2015 e, apesar do bom desempenho na feira, Bracco cita que a empresa ainda engatinha no agronegócio.
A estatal chinesa XCMG está em sua segunda Agrishow (a primeira foi em 2016) e já projeta os próximos passos. “A feira nos surpreendeu, com 200% de negócios a mais em relação à participação anterior”, informa Amanda Cassia Machado, coordenadora de marketing e novos negócios da empresa, com forte presença em construção civil e mineração. Os melhores desempenhos em vendas foram das carregadeiras de pequeno porte, de 1,8 t e 3 t, adquiridas por produtores de grãos. O setor sucroalcooleiro é outra meta da empresa, que já projeta o retorno à feira com produtos mais específicos para o campo.
Em sua primeira participação na Agrishow, a Komatsu Brasil International, multinacional japonesa, contabilizou negócios da ordem de R$ 3 milhões até dia 2 de maio. “Nossa expectativa é atingir R$ 20 milhões em vendas até por conta da participação do Banco Komatsu e com o pós-feira”, afirma Chrystian Garcia, gerente de desenvolvimento de distribuidores da Komatsu Brasil International.
Ricardo Fonseca, diretor da unidade de construção da Sotreq, representante da Caterpillar lembra que a marca retornou à Agrishow no ano passado depois de mais de 15 anos ausente. Ela já atua forte no setor sucroalcooleiro e projeta expandir a linha de carregadeiras para outras culturas nos próximos anos. Segundo o executivo, as vendas aumentaram 15% em relação a 2017. “Nosso objetivo é ajudar os clientes a produzir mais, gastando menos”, cita Fonseca.
A New Holland Construction destaca nesta participação na Agrishow 2018 a qualificação do público visitante. “Recebemos produtores rurais de todas as regiões e de todos os portes. Nesta edição, percebemos uma evolução da capacidade técnica dos clientes, que sabiam o que estavam procurando. No momento em que há uma maior automatização do campo, esses tipos de equipamentos beneficiam os produtores rurais”, afirma Paula Araújo, gerente de Marketing da marca para a América Latina.
Há cinco anos na feira, a Liebherr, multinacional alemã com fábrica em Guaratinguetá (SP), volta-se para o campo, projetando vendas de pá carregadeira para bagaço de cana, tendo como clientes usinas e locadores desses maquinários que trabalham para elas. “A Agrishow atrai 80% de empresas do ramo agrícola, mas também de vários outros segmentos”, explica o supervisor de vendas da Liebherr, Márcio Abirached. A feira tornou-se, dessa forma, um ponto de encontro com seus clientes e também de prospecções para futuros negócios.