A soma de fatores como estoques baixos de café e uma safra brasileira menor em 2009/10 (julho/junho) resultará em preços do arábica na bolsa de Nova York (ICE Futures) mais firmes, firmou nesta segunda-feira um tradicional exportador no Brasil que divulgou suas previsões de oferta e demanda do produto no País.

De acordo com John Wolthers, da exportadora Comexim, em Santos (SP), o Brasil deverá produzir na safra que começa a ser colhida a partir de meados deste ano cerca de 40,6 milhões de sacas (60 kg), sendo 28,5 milhões de arábica e 12,1 milhões do café robusta, contra um total de 50,6 milhões em 08/09.

A previsão da Comexim, realizada desde 1996 com base em fontes do mercado com quem a exportadora se relaciona, é maior do que a divulgada no mês passado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que em sua primeira estimativa apontou a safra do Brasil em 37,8 milhões de sacas, ante 46 milhões oficialmente previstas para 08/09.

“Como tem uma situação precária (de oferta) na América Central e na Colômbia, e a demanda por café do Brasil continua alta, (o País) deve chegar em 1º de julho com uma situação apertada”, disse Wolthers à Reuters.

O exportador não divulgou previsão de estoques para o início da safra 09/10, mas admitiu, com base nas suas previsões de estoques no Brasil no início de janeiro (27,8 milhões de sacas), que o volume estocado no dia 1º de julho de 2009 no Brasil será semelhante ao registrado na mesma data do ano passado.

A diferença em relação à temporada anterior é que 09/10 será o ano de baixa no ciclo bianual do café arábica, com aproximadamente 10 milhões de sacas a menos na produção brasileira.

“Isso deve ter reflexos construtivos em termos de preços do arábica em Nova York”, acrescentou Wolthers, mesmo trabalhando com uma previsão de safra 09/10 superior à da Conab.

Ele justificou sua posição para o número da próxima safra dizendo que, apesar de ser uma temporada de baixa do café no País, chuvas abundantes atingiram as regiões produtoras nos últimos meses, beneficiando as condições das lavouras.

“O bom desenvolvimento até agora, aliado a uma razoável disponibilidade, impulsionou uma agressiva demanda do exterior (por vendas antecipadas) para a nova safra. Apesar do volume ser satisfatório, o grande enigma será o fator câmbio, o qual para nós é um fator de grande risco”, declarou o exportador.

Traders no exterior têm notado ultimamente o fechamento de negócios antecipados da nova safra.

Agronegócio


A soma de fatores como estoques baixos de café e uma safra brasileira menor em 2009/10 (julho/junho) resultará em preços do arábica na bolsa de Nova York (ICE Futures) mais firmes, firmou nesta segunda-feira um tradicional exportador no Brasil que divulgou suas previsões de oferta e demanda do produto no País.

De acordo com John Wolthers, da exportadora Comexim, em Santos (SP), o Brasil deverá produzir na safra que começa a ser colhida a partir de meados deste ano cerca de 40,6 milhões de sacas (60 kg), sendo 28,5 milhões de arábica e 12,1 milhões do café robusta, contra um total de 50,6 milhões em 08/09.

A previsão da Comexim, realizada desde 1996 com base em fontes do mercado com quem a exportadora se relaciona, é maior do que a divulgada no mês passado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que em sua primeira estimativa apontou a safra do Brasil em 37,8 milhões de sacas, ante 46 milhões oficialmente previstas para 08/09.

“Como tem uma situação precária (de oferta) na América Central e na Colômbia, e a demanda por café do Brasil continua alta, (o País) deve chegar em 1º de julho com uma situação apertada”, disse Wolthers à Reuters.

O exportador não divulgou previsão de estoques para o início da safra 09/10, mas admitiu, com base nas suas previsões de estoques no Brasil no início de janeiro (27,8 milhões de sacas), que o volume estocado no dia 1º de julho de 2009 no Brasil será semelhante ao registrado na mesma data do ano passado.

A diferença em relação à temporada anterior é que 09/10 será o ano de baixa no ciclo bianual do café arábica, com aproximadamente 10 milhões de sacas a menos na produção brasileira.

“Isso deve ter reflexos construtivos em termos de preços do arábica em Nova York”, acrescentou Wolthers, mesmo trabalhando com uma previsão de safra 09/10 superior à da Conab.

Ele justificou sua posição para o número da próxima safra dizendo que, apesar de ser uma temporada de baixa do café no País, chuvas abundantes atingiram as regiões produtoras nos últimos meses, beneficiando as condições das lavouras.

“O bom desenvolvimento até agora, aliado a uma razoável disponibilidade, impulsionou uma agressiva demanda do exterior (por vendas antecipadas) para a nova safra. Apesar do volume ser satisfatório, o grande enigma será o fator câmbio, o qual para nós é um fator de grande risco”, declarou o exportador.

Traders no exterior têm notado ultimamente o fechamento de negócios antecipados da nova safra.