Com prorrogação das dívidas, cafeicultores deixaram de vender e preços tem exibido uma recuperação no mercado internacional. Robusta também subiu no mercado internacional devido a diminuição de exportação do Vietnã, melhorando o cenário para o café arábica.
Nesta segunda-feira (16), o café opera em alta na Bolsa de Nova York, continuando uma recuperação que começou na última semana. Segundo Carlos Paulino, Presidente da Cooxupé, com a prorrogação das dívidas os produtores deixaram de vender para saldar seus compromissos, assim houve uma retenção do produto e o mercado percebeu que não conseguiria comprar por qualquer preço.
Além disso, o preço do conillon também subiu muito no mercado internacional porque o Vietnã diminuiu a sua exportação, o que colaborou para a alta dos preços do arábica. Paulino afirma que as cotações podem subir ainda mais, já que os fundamentos não são muito negativos.
A valorização do café arábica também é reflexo do leilão de opções do governo com entrega em março a R$ 343,00/saca. Paulino diz que se o preço de mercado estiver em torno de R$ 320,00 já é favorável para os produtores venderem para evitar burocracias. O que é certo é que 3 milhões de sacas de café serão retiradas do mercado, por isso essa reação nos preços, sendo que a crise da cafeicultura já atingiu o seu pior momento e a tendência, de agora em diante, é que os preços se estabilizem.
Entrevista com Carlos Paulino