Há quem apele ao guaraná. Há quem prefira mesmo o café expresso bem forte. Tem também aqueles mais moderninhos, que não abrem mão do refrigerante energético. Todas essas formas de ganhar uma carga extra de energia para trabalhar, estudar ou mesmo se exercitar podem ser eficientes, mas não são as melhores escolhas. Fazer uso de alimentos energéticos saudáveis, esse sim é o caminho.
A cafeína atua no cérebro sobre os receptores do hormônio adenosina, causando uma ação inibidora desse hormônio e impedindo que ele aja como redutor da pressão sanguínea, da frequência cardíaca e da temperatura corporal – todos fatores responsáveis pela sensação de sono. Ou seja, a cafeína pode sim dar uma explosão de energia. Mas o efeito é curto. A alimentação regular ainda é mais eficaz quando se busca mente e corpo mais alertas.
O grupo dos energéticos, segundo a classificação alimentar, são os itens ricos em carboidratos ou lipídios – e são capazes de gerar um fluxo de “combustível” constante. Para obter energia, nosso organismo recorre primeiro aos carboidratos. São eles que sustentam, em primeiro lugar, as atividades muscular e mental e também o funcionamento dos órgãos.
Mas ao abusar tanto dos carboidratos quanto dos lipídios, a balança é que mostra um alerta. Da mesma forma, quando a cafeína (presente em chocolates, refrigerantes e no próprio café, por exemplo) é usada em excesso, o corpo sente estresse e pode resultar em falta de sono, ansiedade, metabolismo desregulado ou problemas digestivos. Para obter energia, o correto é apostar nos alimentos ricos em nutrientes, mas com poucas calorias.
Esses “milagreiros da energia” são diversos. Couve, espinafre, cenoura, vagem, rabanete, abóbora, berinjela, pepino, repolho, aspargos e beterraba estão entre os legumes e verduras mais indicados. Dentre as frutas, morango, laranja, melão, mamão papaia, abacaxi. E ainda é sempre possível reunir energia com alimentos como a sardinha e o atum, germe de trigo, tofu, leite desnatado, iogurte desnatado e o feijão preto.
“O certo é que comer muitos legumes, verduras e frutas, optando de preferência pelos menos calóricos. Isso rende saciedade sem pesar, e isso é aí que resulta um organismo cheio de energia”, explica a nutricionista Paola Ladeira Pinho, de Santos (SP).
E o açúcar, ajuda ou atrapalha? “É preciso ter sempre em mente que o açúcar refinado não é o único açúcar – e a única fonte de energia – que temos à disposição”, diz Paola. “O leite e as frutas, por exemplo, têm seus próprios açúcares naturais, lactose e frutose, que fazem o mesmo trabalho com menos calorias e defendendo a saúde”. É energia pura e saudável.