SÃO PAULO – Numa sexta-feira marcada por uma forte oscilação cambial, o clima de aversão a risco voltou a prevalecer no mercado e o dólar fechou os negócios no campo positivo, pelo terceiro dia seguido.
Com mínima de R$ 1,8630 e máxima de R$ 1,8930, a moeda americana fechou em alta de 0,37% em relação ao último fechamento, negociada a R$ 1,889 na compra e a R$ 1,891 na venda.
Na quarta semana seguida de apreciação, a divisa acumulou valorização de 0,32% nos últimos cinco dias. Em 2010, o dólar já subiu 8,5%, com alta em 20 das 25 sessões do ano.
Na roda de “pronto” da Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM & F), o dólar subiu 0,42%, para R$ 1,8909. O volume despencou de US$ 51,5 milhões, ontem, para US$ 19,5 milhões hoje. Já os negócios no interbancário subiram de US$ 1,5 bilhão para US$ 2 bilhões, no mesmo período.
O Banco Central manteve as atuações diárias no câmbio, comprando moeda americana em leilão no mercado à vista. A taxa de corte ficou em R$ 1,8735.
Na agenda do dia, o Departamento do Trabalho americano revelou que a economia do país perdeu 20 mil postos de trabalho no mês passado, embora a taxa de desemprego tenha caído de 10%, em dezembro de 2009, para 9,7%, no início deste ano. A previsão do mercado era de que o nível de desocupação seguisse na linha de 10%.
“O dólar caiu hoje quando saíram os dados de emprego, mas as notícias da Europa levaram o euro a cair e, aqui, o real acompanhou. Aparentemente, toda influência vem de fora e a tendência é de que a moeda americana siga em alta na próxima semana ” , afirmou o operador da Dascam Corretora de Câmbio, Luiz Fernando Moreira.
(Beatriz Cutait | Valor)