( Sao Jose do Rio Preto, São Paulo, Brasil – Comunique-se – ) Desde a última semana o dólar tem mantido sua marca abaixo dos R$2, menores cotações dos últimos seis anos. Portanto, os consumidores estão com a faca e o queijo nas mãos para fazerem bons negó
Se a queda da moeda americana é boa para muitas pessoas, principalmente para quem têm sonhos de conhecer países do exterior ou para quem pretende apenas comprar algum produto importado, para outras a situação não passa de um problema. O que acontece é que a política econômica vai causar sérios prejuízos para muitos brasileiros, no caso, o setor agrícola é o mais atingido.
O milho e a soja são cotados em dólar, neste caso, o homem do campo precisa de mais empenho na exportação a fim de garantir os gastos de sua produção, o que provoca a perda de força no campo, ocasionando a falta de riquezas que conseqüentemente pode vir a provocar o desemprego.
Nos supermercados o reflexo da queda do dólar já pode ser observado. Nas prateleiras produtos nacionais estão tendo que competir com produtos importados, melhor para o bolso do consumidor.
Enquanto o comércio está “lucrando” com as “altas” vendas de produtos principalmente eletrônicos, no campo o sentimento é o de perda. Para os produtores essa variação da moeda americana tem causado “dores de cabeça”.
Negociar com o exterior produtos típicos que são comercializados em dólar tem sido conflitante entre vendedor e comprador. Todo detalhe, todo cálculo tem sido primordial no ato das negociações.
Devido ao fato dos produtos serem cotados em dólar, cobrir as despesas com as compras de insumos tem sido uma tarefa árdua. Antes os insumos foram adquiridos bem acima do valor aplicado atualmente, porém desta forma, produtores estão tendo que driblar a concorrência e tentar não ficar no prejuízo, algo impossível!
Com base em outras crises marcantes da economia brasileira, a tendência é o setor se adequar a essa nova realidade. Ou seja, renegociar a venda de comodities e práticas de revisão de contratos feitos ao longo prazo. Tendo em vista que, os insumos agrícolas não abaixam facilmente, e, para isso, um longo período é exigido, pois, os fabricantes normalmente pertencem a multinacionais.
Neste caso, é preciso o governo buscar medidas sérias para não colocar este importante setor da economia no “buraco”!
Cláudio Boriola Consultor Financeiro, Conferencista, Especialista em Economia Doméstica e Direitos do Consumidor. Fundador e Presidente da Boriola Consultoria empresa criada há mais de treze anos. Autor dos livros Paz, Saúde e Crédito – Práticas de Negociação – De Um tostão a Um Milhão e do Projeto para inclusão da disciplina “Educação Financeira nas Escolas”.
Pauta postada em: 23/05/2007 10:43