27/05/2010 – 12h47
SÃO PAULO – Alinhado à melhora de humor em âmbito global, o real se valoriza ante a moeda americana. O principal mote à retomada de posições em ativo de risco é o desmentido da China, que negou que estaria repesando os investimentos em ativos europeus.
Por volta das 12h40, o dólar comercial apontava baixa de 1,56%, a R$ 1,827 na compra e R$ 1,829 na venda. A esse preço, a moeda acumula queda de 1,72% na semana.
No mercado futuro, o dólar com vencimento para junho, negociado na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM & F), declinava 2,37%, a R$ 1,829.
Segundo o gerente de operações da Terra Futuros, Arnaldo Puccinelli, o mercado passa por um momento de calmaria, mas olhando friamente os mesmos problemas continuam existindo. \”Qual será o futuro da economia europeia e que o Banco Central Europeu vai fazer com uma montanha de títulos podres\”, questiona o especialista.
Na avaliação de Puccinelli, o mercado, não só no câmbio, parece estar \”em cima do muro\” e ainda não decidiu para que lado pular. \”Todos parecem esperar algum sinal.\” Pelo lado técnico, diz o especialista, o dólar já começa a dar indicação de que os compradores podem voltar a atuar, limitando esse ritmo de baixa.
Na BM & F, a movimentação no pregão de ontem foi a seguinte. Os estrangeiros recompraram os contratos que venderam recentemente e levaram sua posição comprada (aposta pró-dólar) de volta para US$ 5,4 bilhões. Já os bancos venderam mais alguns contratos e carregam US$ 9,3 bilhões em posição vendida (aposta pró-real).
(Eduardo Campos | Valor)