Qua, 18 de Dezembro de 2013 13:50
As lavouras de café hospedam poucas espécies de pragas, sendo que a grande maioria dos artrópodes (insetos, ácaros, aranhas etc) encontrados nos cafeeiros são considerados benéficos, e só algumas poucas espécies podem ser consideradas pragas. Entre essas poucas espécies de pragas, uma parte delas – como alguns ácaros, o bicho-mineiro e a broca-do-café – podem eventualmente causar prejuízos econômicos ao produtor e ainda à qualidade da bebida. Em decorrência do emprego de defensivos para controlá-los, há também prejuízos socioambientais e à saúde da população e ainda aumento de custos na produção.
Os métodos de controle mais eficazes dessas pragas são os que usam os princípios do Manejo Integrado de Pragas (MIP). Esse sistema alia o manejo químico ao biológico, entre outros, em prol da preservação no agroecossistema. No MIP os defensivos como último recurso, somente no momento certo para cada praga e de forma controlada, seletivos aos artrópodes não alvos, preservando os inimigos naturais das pragas e favorecendo seu controle. O MIP é estudado pela Embrapa Café e Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais – Epamig no âmbito do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Unidade da Embrapa. Esse será o tema do programa Dia de Campo na TV realizado pela Embrapa Café em parceria com a que vai ao ar no próximo dia 20, pelo Canal Rural (Net/Sky), a partir das 9h. No domingo, 22de dezembro, às 7h, pela NBR (TV do Governo Federal, captada por cabo ou por parabólica), com reprise às 17h.
Manejo Integrado de Pragas do Cafeeiro (MIP Café) – De acordo com os pesquisadores Maurício Sergio Zacarias, da Embrapa Café, e Rogério Antônio Silva, da Epamig, o MIP tem base em pesquisas de táticas de manejo ecológico das pragas que utilizam ao máximo a ação benéfica dos inimigos naturais, pois reconhece que o próprio agroecossistema possui um complexo desses organismos benéficos que controlam pragas e doenças, reduzindo perdas econômicas sem causar danos à saúde humana e ao ambiente. Segundo os pesquisadores, no Manejo Integrado de Pragas, pode-se eventualmente vir a se dispensar totalmente o uso de produtos fitossanitários. Esse sistema é a base para a produção organomineral e para o processo de transição do sistema tradicional para o orgânico.
O pesquisadores acreditam que essas as formas de condução do cafeeiro mais adequadas, pois ensinam a conviver e tolerar a presença de pragas (insetos, ácaros e plantas daninhas) e doenças em níveis que não representam prejuízo econômico. “Essa tolerância tem o objetivo de preservar a ação do meio ambiente, principalmente dos inimigos naturais, permitindo que se tornem mais eficientes, aliado à capacidade de recuperação natural das plantas. Mais do que a criação de um produto biológico ou uma tecnologia, nós buscamos trabalhar a sustentabilidade do agroecossistema, a paisagem, com ações de prevenção e conscientização”, ressalta Zacarias.
O Dia de Campo na TV sobre Manejo Integrado de Pragas foi produzido pela Embrapa Café e pela Embrapa Informação Tecnológica (Brasília/DF), unidades da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Saiba mais sobre o Dia de Campo na TV acessando o site.
Gerência de Transferência de Tecnologia da Embrapa Café
Texto: Flávia Bessa – MTb 4469/DF
Fone: (61) 3448-1927
Site: www.embrapa.br/cafe
www.consorciopesquisacafe.com.br
Para ler a matéria na íntegra, acesse o site da Embrapa Café.