A colheita do café possui influência significativa no custo de produção, podendo ser realizada através de operações manuais tendo a participação exclusiva de mão-de-obra, operações semi-mecanizadas com a intercalação de mão-de-obra e de máquinas, e ainda operações mecanizadas com a utilização principalmente de máquinas.
O planejamento antecipado e consistente desta etapa final de cultivo, possibilita uma melhor preparação e maior eficiência, contribuindo para a adequada aplicação dos recursos, evitando atropelos e despesas desnecessárias.
A determinação do tipo operacional de colheita é dependente de alguns fatores de ordem técnica, estrutural e operacional inerente a cada sistema de produção.
Do ponto de vista técnico, devem ser analisados os fatores considerados influenciadores básicos da decisão da operação de colheita como o tipo de solo, a topografia do terreno, o tamanho dos talhões, a variedade de café, a vegetação do cafeeiro, o espaçamento das plantas, o manejo da lavoura, o potencial produtivo e as exigências de preparo da produção.
Do âmbito estrutural, a disponibilidade de mão-de-obra e a existência de maquinas na propriedade, nem sempre é o suficiente para atender toda a demanda requerida nesta fase, exigindo sempre a contratação de serviços de terceiros como complementação.
De forma operacional, antes da contratação desses serviços, considera-se importante fazer uma avaliação dos custos referentes a salários, encargos, alojamento, alimentação e transporte de pessoal, bem como de arrendamento, manutenção, seguro, abastecimento e manuseio de maquinas.
Além disso, exigindo-se experiências tanto de operários colhedores como operadores de maquinas, juntamente com a permanência constante de supervisores de colheita, consegue-se aumentar o rendimento na colheita e ocasionar menos prejuízos a lavoura.
Julio Cesar Freitas Santos / Pesquisador Fitotecnísta
Embrapa Café / Epamig Patrocínio