O interesse por café robusta, cultivado principalmente no Vietnã, tende a aumentar em razão da disparada das cotações do arábica, variedade comercializada a preços mais altos. “Com os ganhos do arábica, mais robusta deve ser incorporado a misturas, fortalecendo a demanda e sustentando os preços do produto”, diz o Rabobank, em comunicado.
Os contratos futuros de arábica, negociados na Bolsa de Nova York ( ICE Futures US), já se valorizaram 55% neste ano por conta da seca fora de época em regiões produtoras do Brasil, o maior exportador mundial. Atualmente, são negociados no maior nível em 16 meses. Além disso, a diferença de preços entre ambas as variedades atingiu o maior nível desde janeiro do ano passado. O robusta acumula uma valorização de 20% em 2014.
Alguns representantes, entretanto, avaliam que essa troca de arábica por robusta pode não ocorrer na intensidade prevista. Segundo Rachel Hamburger, CEO da israelense Portofino Coffee, as torrefadoras devem buscar grãos de arábica mais baratos, trocando Colômbia por Honduras ou Costa Rica, por exemplo.
A notícia é da Agência Estado, com informações da Dow Jones Newswires