MERCADO INTERNO |
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BOLSAS N.Y. E B.M.F. |
Sul de Minas |
R$ 280,00 |
R$ 270,00 |
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Contrato N.Y. |
Fechamento |
Variação |
Mogiano |
R$ 280,00 |
R$ 270,00 |
Março/2010 |
142,65 |
-0,05 |
Alta Paulista/Paranaense |
R$ 275,00 |
R$ 265,00 |
Maio/2010 |
144,40 |
0,00 |
Cerrado |
R$ 285,00 |
R$ 275,00 |
Setembro/2010 |
147,05 |
-0,15 |
Bahiano |
R$ 275,00 |
R$ 265,00 |
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* Cafés de aspecto bom, com catação de 10% a 20%. |
Contrato BMF |
Fechamento |
Variação |
Cons Inter.600def. Duro |
R$ 232,00 |
R$ 227,00 |
Dezembro/2009 |
171,75 |
+0,10 |
Cons Inter. 8cob. Duro |
R$ 237,00 |
R$ 232,00 |
Setembro/2010 |
170,20 |
+0,20 |
Dólar Comercial: |
R$ 1,7550 |
Dezembro/2010 |
173,30 |
+0,10 |
O mercado cafeeiro finaliza as operações nesta sexta-feira praticamente inalteradas, em N.Y. a posição março teve um dia volátil, variando entre a mínima de -2,40 e máxima de +1,80 fechando com -0,05. No acumulado da semana registramos +1,30 pontos na mesma posição.
O dólar comercial recuou 0,62% e fechou cotado a R$ 1,7550. A queda de hoje foi na contramão da valorização da moeda no exterior, diante da divulgação de indicadores econômicos positivos nos Estados Unidos. Segundo operadores, além da correção externa, o fato de as tesourarias de bancos e investidores estarem carregando grandes posições compradas por aqui ajudou a limitar de certa forma o recuo do dólar no mercado à vista, uma vez que perdas acentuadas não lhes favoreceriam. De outro lado, ainda teve influência nos negócios hoje uma operação de um banco de investimentos local de cerca de US$ 1,3 bilhão, realizada ontem no mercado de derivativos envolvendo opções e dólar futuro.
À tarde, o Banco Central realizou o habitual leilão diário de compra de dólares, com taxa de corte em R$ 1,7593. Dois indicadores da economia norte-americana divulgados hoje apontam uma tendência de crescimento no consumo, força motriz da economia dos EUA, e alimentam a perspectiva de que a recuperação do país aumenta o risco inflacionário e, com isso, as chances de o Federal Reserve (Fed, banco central americano) elevar a taxa básica de juro.
Florações atípicas do café neste ano de 2009 estão trazendo transtornos para técnicos e cafeicultores das regiões produtoras brasileiras, que estão preocupados com a queda da produção e da qualidade do produto. Por este motivo, pesquisadores do Centro de Ecofisiogia e Biofísica do Instituto Agronômico de Campinas (IAC) estudaram as causas que poderiam ter contribuído para a ocorrência deste problema. Concluíram que a anormalidade ocorrida na floração do cafeeiro em 2009, nestas regiões, estaria relacionada às condições climáticas atípicas, principalmente à distribuição das chuvas, ocorridas no período indutivo da formação de gemas florais e à ausência de um período seco no inverno, necessário à uni formização e maturação das gemas florais. Realizaram a pesquisa que verificou que o problema é a ocorrência, nestas regiões, de vários períodos de chuvas alternados por períodos secos, o que está provocando amadurecimentos muito desuniformes dos grãos.
O pesquisador do IAC, Joel Irineu Fahl, que participou do estudo, explica que o processo de floração do cafeeiro passa por diversas etapas, desde a indução até o amadurecimento do fruto para a fase da colheita. Todas as etapas são influenciadas pelas condições do ambiente, como a luz, a temperatura do ar e a disponibilidade de água.
O comportamento atípico das floradas está ligado diretamente às condições climáticas, uma vez que depende do clima para a produção de café. Ao analisar o balanço hídrico de 2009, os pesquisadores concluíram que ao contrário dos períodos normais de chuva, houve vários períodos alternados por períodos secos, gerando vários modais durante o período indutivo das gemas florais. De acordo com o balanço hídrico tivemos um inverno chuvoso sem um período de seca, o qual atuaria uniformizando a maturação das gemas florais. Com isso as chuvas que aconteceram a partir de agosto resultaram em pequenas floradas de intensidades variáveis.
Além de Fahl, o estudo foi realizado pelos pesquisadores Maria Luiza Carvalho, Carelli, e Marcelo Bento Paes de Camargo. As informações são da Embrapa Café.