23/10/2006 20:10:35 – A Cooperativa dos Agricultores Ecológicos do Portal da Amazônia (Cooperagrepa), que congrega cerca de 300 famílias de 32 núcleos de produção orgânica no norte de Mato Grosso, aproveita a Biofach América Latina 2006 para apresentar ao mercado sua nova marca, a “Bioagrepa”.
A cooperativa vai levar quatro produtos, já com a nova marca, para a rodada de negócios que o Sebrae promove durante o evento, que acontece de 25 a 27 de outubro em São Paulo. “Resolvemos reposicionar a marca porque a palavra bio é muito aceita no Brasil e principalmente no exterior, onde o consumidor associa diretamente a palavra aos produtos orgânicos”, explica o presidente da Cooperagrepa, Domingos Jari Vargas.
Formada em 2003, após ampla mobilização em torno de um projeto sustentável focado na agricultura familiar orgânica, que teve apoio do Sebrae em Mato Grosso, a cooperativa orienta os produtores a utilizar apenas métodos naturais de produção, ou seja, sem uso de adubos químicos e defensivos agrícolas. Na rodada de negócios a ser realizada no estande do Sebrae, na Biofach América Latina, a Cooperagrepa vai negociar melado de cana-de-açúcar, açúcar mascavo, guaraná em pó e castanha-do-brasil – todos certificados como orgânicos já com a marca “Bioagrepa”. “A rodada é um espaço importante para avançar em negociações com clientes daqui e o do exterior, além de retomar contatos com alguns clientes estrangeiros que conhecemos na Biofach de 2004”, avalia Domingos Jari.
Em 2005, a Cooperagrepa exportou 300 quilos de melado para uma empresa austríaca. E, este ano, recebeu novo pedido, desta vez de três toneladas. O produto sai dos três núcleos de produção, que possuem agroindústrias certificadas como áreas exclusivas para processamento e beneficiamento de melado orgânico. Hoje, além dos núcleos de produção de melado, a Cooperagrepa mantém um de café e outros dois destinados ao tratamento do guaraná e da castanha-do-brasil, já certificados.
Os de leite e derivados, mandioca e farinha, verduras, frango caipira, suínos, ovinos e caprinos e mel estão em processo de certificação. “A certificação é fundamental porque é o atestado para o mercado de que a produção segue realmente os padrões agroecológicos”, afirma Domingos Vargas. Fonte: Agência Sebrae de Notícias