| 04.04.2006
Até lá, os chineses da classe média serão 25% da população do país. Governo estuda medidas para transformá-los em um grupo disposto a consumir
EXAME Um dos símbolos do crescimento econômico chinês, a classe média deverá dobrar de tamanho até 2010. Até lá, os chineses que ganham mais de 50 000 yuans por ano (cerca de 6 227 dólares) irão corresponder a 25% da população total. O estudo foi realizado a pedido do próprio governo.
Um dos objetivos do estudo é apresentar alternativas para que essa nova classe média seja estimulada a consumir. A China passa hoje por um sério problema de excesso de produção e falta de demanda doméstica.
“Ao contrário das pessoas mais ricas, que têm condições de diversificar suas aplicações financeiras e assim ganharem mais, os pobres geralmente põe seu dinheiro nos bancos por causa do pouco risco que eles oferecem”, disse o economista Shi Lei ao site de notícias Shangai Daily.
Em 1998, o governo chinês criou um imposto sobre os ganhos financeiros, e tudo indica que os chineses preferem não tirar seu dinheiro dos bancos para não sofrer com o corte. A suspensão do imposto vem sendo considerada, mas Lei alerta para a possibilidade de um resultado contrário: “sem o imposto, também há o risco de os chineses manterem suas poupanças”, diz.
A mesma pesquisa também faz uma previsão sobre o consumo no país. Segundo os analistas, as vendas no varejo devem crescer 12,8% em 2006, praticamente o mesmo patamar de 2005, quando as vendas cresceram 12,9%.