Chuvas do início do ano ainda prejudicam abastecimento na Ceasa

30 de janeiro de 2007 | Sem comentários Mercado Previsão do Tempo
Por: Gazeta OnLine - Vitória ES

29/01/2007 14:50:20 – Assessoria do Governo do Estado


As chuvas intensas que castigaram o Espírito Santo e outros estados fornecedores de produtos agrícolas no final do ano passado – e que ainda são intensas em algumas regiões produtoras – continuam a influenciar a comercialização de produtos na Centrais de Abastecimento do Espírito Santo (Ceasa).


No início do ano, o tomate, a batata, o repolho e a couve-flor tiveram o abastecimento reduzido e, como conseqüência, os preços acabaram se elevando para o consumidor. Porém, a batata já voltou a ter oferta normalizada.


Mesmo com a diminuição das chuvas em muitas áreas de lavouras, a quantidade de produtos que chegam diariamente à Ceasa não está normalizada, mas os preços tiveram, em sua maioria, uma baixa acentuada causada pela queda na qualidade dos produtos.


Qualidade


Com a diminuição da qualidade, o consumidor compra menos e isso força o preço para baixo. “Isso não quer dizer que o produto não esteja bom para o consumo. Apenas ele tem um período de vida menor”, afirmou o gerente de Divisão Técnica da Ceasa, Osmar Antônio Denadai.


Entre os produtos que tiveram diminuição nos preços está a batata inglesa, que no último dia 4 de janeiro custava R$ 45,00 (saco de 50 quilos) e nesta quinta-feira (25) passou para R$ 28,00.


A caixa de seis quilos de couve-flor, que era vendida por R$ 20,00 no início do mês, foi vendida por R$ 7,00. A mesma queda de preço ocorreu com o saco de 25 quilos de repolho, que chegou a ser vendida por R$ 13,00 e nesta semana baixou para R$ 9,00.


Situações inversas aconteceram com o tomate extra, que no dia 4 de janeiro era oferecido por R$ 33,00 e passou para R$ 35,00. A vagem teve aumento de R$ 1,00 na caixa de 14 quilos e passou para R$ 14,00. O pé de alface manteve o preço desde o início do mês e está sendo comercializado a R$ 0,33.


De acordo com Osmar Denadai, a queda no preço da batata também se deve aos produtores, em particular os de Minas Gerais – principal fornecedor do produto – que, com medo do excesso de chuvas em sua região e entusiasmados com o preço que a batata alcançou no início de 2006 (quando o saco de 50 quilos chegou a R$ 85,00), resolveram expandir sua plantação para outras áreas, em outros estados.


“Com o preço alto naquela época, eles resolveram plantar a batata ao longo do ano, esperando que esse valor se mantivesse neste início de 2007. Como há muita oferta, o preço despencou”, afirmou Osmar.


Com a diminuição das chuvas, a tendência é que o abastecimento e os preços voltem à normalidade, bem como a qualidade dos produtos, que deverá melhorar com a recuperação das lavouras.
 
A Ceasa funciona das 5 às 15 horas, possui área para estacionamento e tem um movimento diário de aproximadamente quatro mil pessoas, que freqüentam as 218 lojas e podem adquirir produtos dos 2.250 agricultores cadastrados.

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