AGRONEGÓCIO
17/10/2007
Chuva no Brasil derruba preço do café
A ocorrência de chuva no Brasil, o maior produtor mundial da commodity, nos últimos dois dias derrubou o preço do café na Bolsa de Nova York (Cybot). A cotação com a entrega prevista para março foi negociada a 132,05 centavos de dólar por libra-peso, com queda de 0,75% na comparação com o dia anterior. Em Londres, os preços foram negociados a US$ 176,2 por tonelada, com queda de 2,05%.
Para o diretor do Escritório Carvalhaes, Eduardo Carvalhaes, a queda nas cotações do café já era prevista diante da melhora do clima. “Os investidores vinham trabalhando em cima do mercado de clima”, diz. Entretanto, Carvalhaes acrescenta que as chuvas são insuficientes para repor a necessidade hídrica dos cafezais brasileiros, que estão com déficit de água no subsolo diante do clima seca que assolava as principais regiões produtoras da commodity. “Se a chuva se normalizar, pode deixar de haver perdas nos cafezais, mas ela não vai recuperar as perdas já ocorridas”, complementa.Analistas do mercado não esperam mais uma safra gigante no ciclo 2008/09 de cerca de 56 milhões de sacas como previam no início do ano. Para atender a demanda interna e externa, Carvalhaes diz que o Brasil precisa produzir em média 45 milhões de sacas anuais.
(Gazeta Mercantil/Caderno C – Pág. 7)(Viviane Monteiro)
São Paulo, 17 de Outubro de 2006 – Contratos futuros do produto tiveram queda de 2,4% ontem em Nova York. Os contratos futuros de café para dezembro encerraram o pregão ontem em Nova York com desvalorização de 2,4% em relação ao fechamento de sexta-feira. Os papéis foram cotados a 101,90 centavos de dólar por libra-peso. Em Londres, os preços do produto registraram queda de 0,4%.
Segundo analistas de mercado, a desvalorização dos contratos ocorreu devido às chuvas no Brasil – maior produtor mundial de café, com uma safra de 41,6 milhões de sacas (60 quilos), segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) – e também à entrada da safra do Vietña, maior produtor da variedade robusta.
“As chuvas podem não reverter a estimativa de quebra de safra, mas suavizar a situação”, diz Gil Barabach, consultor da Safras & Mercado. Segundo ele, o déficit hídrico na região cafeeira fez com que as floradas atrasassem neste ano.
No mercado interno, o café era cotado ontem, no Sul de Minas Gerais, a R$ 228 a saca.
Soja
Os contratos futuros para a soja com vencimento em janeiro valorizaram-se ontem em 2,2%. Os papéis encerraram o dia cotados a 603,50 centavos de dólar por bushel.
(Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados – Pág. 10)(Neila Baldi)