CAFETERIA – Forno de Minas assa novos pães para faturar R$ 250 mi até 2015

Em 2011, fabricante mineira vendeu R$110 milhões em pães de queijo, salgados e laticínios. A estratégia agora é entrar em novas categorias de produtos, como a de pães e bolos especiais, importados da Espanha

1 de março de 2012 | Sem comentários Cafeteria Consumo

Em 2011, fabricante mineira vendeu R$110 milhões em pães de queijo, salgados e laticínios. A estratégia agora é entrar em novas categorias de produtos, como a de pães e bolos especiais, importados da Espanha
Françoise Terzian fterzian@brasileconomico.com.br


A Forno de Minas, empresa que tem o pão de queijo como carro-chefe de uma receita que alcançou os R$110 milhões em 2011, quer fermentar seu negócio até 2015, ano em que pretende atingir R$ 250 milhões em vendas. A fórmula para mais do que dobrar a empresa de tamanho passa, obrigatoriamente, pela expansão do portfólio de produtos e pelo aumento da distribuição no varejo e também no canal food service (cafés, hotéis e restaurantes). “Queremos deixar de ser uma média empresa. Para sobreviver é preciso ser grande, uma vez que fica mais fácil reduzir custos e ganhar eficiência na logística”, afirma Helder Couto Mendonça, fundador e diretor-presidente da Forno de Minas, em entrevista
ao BRASIL ECONÔMICO.


Futuramente, comenta Mendonça, nada o impediria de fechar uma sociedade estratégica com um grande grupo. Para isso, ele sabe que primeiro precisará engordar a Forno de Minas.


Especializada em produtos congelados, a Forno de Minas poderia facilmente ser incoporada pelas marcas Sadia ou Perdigão, da BRF Brasil Foods, ou pela Sear, do Marfrig. As duas também vendem pão de queijo congelado e querem diversificar seu portfólio nas gôndolas geladas dos supermercados.


Levantar a empresa, contudo, transformou-se em rotina. O ascendente negócio de pão queijo conheceu o sucesso e a decadência em um curto espaço de tempo. Fundado em 1991 por Mendonça e sua mãe, a empresa chegou ao auge, com 1,5 mil toneladas da iguaria vendida por mês. O volume e a força da marca chamaram a atenção da americana Pillsbury Company, que arrematou a Forno de Minas em 1999.


Dois anos depois, a Pillsbury foi comprada pela General Mills, muito focada em cereais e matinais, que encerrou as atividades da Forno de Minas em


Contagem (MG), em meados de 2009, e demitiu todos os funcionários.


Espanhóis
Poucos meses depois, a marca foi recomprada por Mendonça a um décimo do valor vendido uma década antes aos americanos, diz o mercado. De 2010 até o final deste ano, a Forno de Minas está investindo R$ 40 milhões na empresa, montante que inclui projetos como a ampliação da linha de produção, cuja capacidade instalada cresceu de 1,5 mil toneladas/mês para 3,5 mil toneladas/mês.


Mais ousada, contudo, é o piloto que se inicia neste mês, em parceria com a indústria espanhola Ingapan, conforme ante-
cipou o BRASIL ECONÔMICO.


Os pães da marca galícia Chousa, assim como seus bolos e tortas, serãovendidos em modelo de teste em padarias, restaurantes e supermercados do Sudeste durante três meses. Os produtos direcionados às classes A/B e aparentemente similares aos que o padeiro francês Olivier Anquier comercializa no Pão de Açúcar chegarão congelados e pré-assados ao Brasil.


Se o piloto der certo, Forno de Minas e Ingapan devem abrir uma fábrica na região Sudeste. Em paralelo, Mendonça prepara o envio do primeiro lote de pão de queijo à Espanha.


Indústria mineira também avança no mercado de laticínios
A Laticínios Condessa, com unidade industrial instalada em Conceição do Pará (MG), é um negócio proeminente da Forno de Minas. Embora muito menor que a irmã famosa e rica, a Condessa faturou R$ 25 milhões no ano passado e deve chegar a R$ 30 milhões em dezembro.


Embora sua especialidade seja a produção de queijo para o carro-chefe da Forno de Minas, a empresa também atende clientes corporativos como a BRF Brasil Foods e a KS, joint-venture entre a Kraft e a Sadia. Esta última compra uma base proveniente do derivado de leite da Condessa para produzir o requeijão Sadia. Até mesmo o queijo cheddar usado pelo McDonald ´s é fabricado pela Condessa, garante Helder Couto Mendonça, presidente da Forno de Minas.


Exportações
Atualmente, 5% do faturamento da Forno de Minas vêm das vendas ao mercado internacional. A cadeia de alimentos naturais Wholefoods vende os pães de queijo da marca em suas lojas da Flórida, enquanto a HEB comercializa a iguaria brasileira em suas unidades do Texas. Enquanto Mendonça estuda uma forma de democratizar o pão de queijo entre os americanos, os portugueses parecem ter aprovado o salgado brasileiro, que hoje é comercializado em 300 supermercados do país. próximo passo é aproveitar a parceria com a Ingapan para levar o produto à Espanha. Em 2012, as exportações devem representar 10% do faturamento da Forno de Minas. F.T.
 

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