Quando se fala em cafeína, impossível não vir à mente a imagem de uma bela e fumegante xícara de café. Mas na realidade, ela também está presente em outros produtos, como chás, refrigerantes, chocolate e em alguns analgésicos. Ou seja, estamos expostas a ela o tempo todo.
É comum vermos, vez ou outra, um alimento que já integrou o bando dos vilões, como o ovo ou a carne de porco, ser absolvido pela comunidade científica – e, às vezes, até exaltado. Por isso, entrevistamos dois profissionais para descobrir: afinal, a cafeína é mocinha ou é vilã?
O cardiologista com prática em ortomolecular Dr. Fábio Cesar dos Santos nos lembra que antigamente se dizia que tomar café demais fazia mal. Mas quanto era este “demais”? Depois disso, afirmava-se que o café, em pequenas doses diárias, não era tão maléfico assim. Mas quanto eram estas “pequenas doses”?
“Na verdade, havia muita desinformação”, diz o médico. “Pesquisas recentes mostram que os benefícios são muitos. A cafeína age como estimulante do físico e do mental, ajuda o cérebro na captação de informações, melhora o humor. Os remédios para dor de cabeça costumam ter cafeína, porque ela impede a dor na fase da vasodilatação, por ser um vasocostritor.” Ainda segundo o cardiologista, tem sido demonstrado o poder do café em doenças respiratórias, como asma, e também na redução do diabetes tipo 2 e no tratamento de pacientes com Alzheimer. “Outro fator importante a ser observado é a tolerância do organismo e a tolerância genética à cafeína. Estudos mostram que entre 200 e 300ml de café por dia não trazem danos à saúde”, conclui ele.