Café volta a ser símbolo de riqueza do Brasil

Por: FOLHA DE LONDRINA - PR

Patrocínio – Um novo ciclo de prosperidade começa a despontar na cafeicultura brasileira. Ao contrário de outros períodos de bonança, o renascimento do café desta vez é marcado não só pela recuperação de preços em razão da oferta mundial, ajustada ao consumo, mas também pela melhoria de qualidade do produto. Desde fevereiro do ano passado, por exemplo, o Brasil é o único país do mundo que tem uma região oficial demarcada que indica a procedência geográfica do café servido nas cafeterias, com qualidade certificada e o grão produzido de acordo com um padrão estabelecido.

A mudança do perfil da lavoura e a recuperação dos preços já têm reflexos no bolso do cafeicultor. Neste ano, por exemplo, a receita com a safra de café 2006/2007 deverá somar R$ 10,1 bilhões – 74,1% maior do que a de 2003, período ainda de preços baixos, segundo cálculos da RC Consultores. Para chegar a esse número, a consultoria levou em conta dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

A safra 2006/2007, que começa ser colhida e está estimada pela Companhia Nacional do Abastecimento (Conab) em até 43,5 milhões de sacas de 60 quilos, ante 32,9 milhões de sacas de 2005. A perspectiva do mercado é de que, para este ano, o consumo mundial gire na casa de 120 milhões de sacas para produção equivalente.

Hoje, o fator que impulsiona a recuperação da atividade é a oferta ajustada à demanda, uma vez que os volumes de café com qualidade diferenciada, conhecido como gourmet, ainda são reduzidos em relação ao total da produção disponível, onde predomina o grão tradicional. Apenas 800 mil sacas produzidas no País são reconhecidos como gourmet.


Em 2005, por exemplo, os brasileiros consumiram 15,54 milhões de sacas de café, segundo a Abic. No mesmo período, o consumo médio mundial aumentou apenas 0,69%, segundo a Organização Internacional do Café (OIC).Para este ano, a previsão é de que o consumo interno atinja 16,5 milhões de sacas, com alta de 6%.

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