Os estoques de café são maiores esse ano em relação a 2011 em decorrência de uma colheita favorável. Para o presidente da Cooxupé, Carlos Paulino, apesar desse cenário não irá sobrar café em 2013, pelo contrário nos meses de junho e julho/13 os estoques deverão ser menores.
“A colheita deste ano foi boa, mas não foi uma super colheita. Irá suprir a demanda durante esse período, porém não terá muita sobra para 2013 que será um ano de safra baixa”, afirmou o presidente.
Além disso, na última sexta-feira (23) o Banco do Brasil liberou R$ 1 bilhão para que os cafeicultores realizem a estocagem e comercialização do grão. O setor também solicitou junto ao Ministério da Agricultura, um prazo de espera para os financiamentos que irão vencer em dezembro.
“Foi feita a proposta para que os financiamentos ficassem em prazo de espera até o produto chegar a R$ 400,00 a saca. O pleito foi bem aceito, e as autoridades deverão encaminhar para o Ministério da Fazenda poder analisar”, afirmou Paulino.
Ainda na visão do presidente, o prazo deve ser até os meses de abril e maio haja vista que não convém emendar uma safra em outra. E se ultrapassar esse período, a safra 2013 será com retenção de 2012, conforme explicou.
Devido a esse quadro, a orientação é que os cafeicultores realizem vendas aos poucos, para abastecer o mercado e fazer uma média melhor. O mercado por um momento de excesso de oferta com a entrada das produções de café da América Central, Colômbia e Vietnã.
No entanto, a tendência é que essa grande oferta se equacione com o aumento no consumo por parte dos países do Hemisfério Norte com a chegada do inverno. E consequentemente, os preços se recuperem até abril/13.
“A tendência é que os preços melhorem entre abril e maio. E estimativas iniciais indicam que a quebra na safra de café para o ano que vem deve ser entre 23% e 25% na área de atuação da Cooxupé”, ratificou Paulino.