O uso do café em excesso pode prejudicar a absorção de cálcio e ferro pelo organismo, graças, segundo a médica Diana Campos, ao efeito ácido que ele tem. “Por isso, a bebida tende a irritar, também, o estômago”, justifica a especialista.
Segundo ela, o paciente que tem anemia por deficiência de ferro e os que têm massa óssea diminuída devem limitar a ingestão da bebida a, no máximo, duas xícaras por dia. “Ele também pode prejudicar o estômago, porque relaxa o esfíncter e favorece o refluxo, dando uma sensação de queimor. Mas uma xícara de manhã não faz mal”, alerta.
Uma das bebidas mais difundidas e tomadas no mundo, o café – e sua principal substância, a cafeína-, ao longo dos anos, foi envolto em mitos e informações equivocadas. Mas, ao mesmo tempo, foi alvo de muitas pesquisas científicas sérias. Nesse ínterim, estudos ora enalteciam, ora condenavam a bebida. Confira o que a clínica geral, médica ortomolecular e especialista em alimentos, Diana Campos, diz sobre o café.
“Se usado em grande quantidade, o café pode desidratar, sobretudo se a pessoa estiver exposta a muito calor ou fazendo atividade física, porque ele tem um efeito diurético. Mas, no caso das pessoas que têm tendência a reter líquido ou no período de TPM das mulheres, esse efeito diurético pode ser bom”, afirma Diana.
Segundo ela, antes dos exercícios, a ingestão de café pode ser estimulante e o concentrado da cafeína pode ajudar na perda de peso. “O uso da bebida ainda ajuda a reduzir a progressão da hepatite C, diminui as gorduras hepáticas e diminui a cirrose alcoólica”, destaca Diana.
No caso do câncer de fígado, o café pode ter um efeito protetor. “Porém, nas mulheres que fumam e tomam café, a bebida pode ter um efeito de aumentar o risco de câncer de mama”, ressalta a médica. Diana ainda destacou que, nas crianças, o café aumenta o grau de alerta e alívio do cérebro, já que é um estimulante natural. “Nesse caso, o ideal é associar ao leite”, completa.