Café na ICE volta a cair, mas mantém parâmetro da sessão anterior

2 de fevereiro de 2012 | Sem comentários Análise de Mercado Mercado

02/02/2012 – Os contratos futuros de café arábica negociados na ICE Futures US encerraram esta quarta-feira com quedas. As cotações se mostraram pressionadas na maior parte do dia, entretanto, os contratos flutuaram dentro do range observado na sessão anterior. As ações do dia foram técnicas, sem maiores mudanças em relação ao observado ao longo das sessões passadas.


No nível de 215,00 centavos, o março sente a pressão de vendedores, ao passo que no patamar de 213,00 centavos são registradas algumas compras especulativas e de comerciais, o que impede que o suporte de 212,35 centavos seja testado. Ao longo desta quarta, os segmentos externos não tiveram maiores influencias no comportamento das cotações de várias commodities, incluindo as commodities.


Fundamentalmente, o mercado não registra maiores novidades. Assim, a tendência continua baseada em aspectos gráficos e na “perseguição” dos baixistas por rompimentos de suportes, o que poderia abrir espaço para novos patamares de preço. No encerramento do dia, o março em Nova Iorque teve queda de 95 pontos com 214,10 centavos, sendo a máxima em 215,90 e a mínima em 213,20 centavos por libra, com o maio recuando 90 pontos, com a libra a 217,10 centavos, sendo a máxima em 218,80 e a mínima em 216,15 centavos por libra.


Na Euronext/Liffe, em Londres, a posição março registrou queda de 17 dólares, com 1.819 dólares por tonelada, com o maio tendo desvalorização de 17 dólares, com 1.848 dólares por tonelada. De acordo com analistas internacionais, a sessão desta quarta-feira foi relativamente calma, com o intervalo da sessão passada sendo respeitado. O viés continua tendendo para o neutro-baixista, mas os vendedores ainda encontram zonas de compra que impedem o aprofundamento das vendas.


“Nesse curto prazo continuamos a ter uma movimentação que impede testarmos as mínimas de dezembro. Por outro lado, no longo prazo, a percepção se mantém baixista, já que estamos operando abaixo de médias móveis como de 200 dias”, disse um trader. “O café continua na mesma posição e para mudarmos, para termos um rally ou uma queda mais profunda, só será possível se tivermos novidades no campo fundamental”, avaliou Hector Galvan, analista técnico da RJ O’Brien. As chuvas favorecem os cafezais de todas as regiões produtoras do Sudeste brasileiro.


“Os níveis de umidade do solo encontram-se acima dos 85%, índice muito bom para suprir toda a demanda hídrica da planta”, avaliou o agrometeorologista Marcos Antônio, da Somar Meteorologia. Por outro lado, o excesso de dias chuvosos, o tempo nublado e temperaturas mais amenas favorecem a proliferação de doenças afetando a produtividade dos cafezais. Tais condições impossibilitam os produtores de realizar as pulverizações para o controle dessas moléstias.


“Até o momento os impactos negativos são mínimos, pois os índices de área foliar estão altos, por conta da elevada taxa de umidade”, complementou. O banco Morgan Stanley indicou que a oferta global de café deve ser mais forte no exercício de 2012, ao refletir o aumento da produção de arábica no Brasil e de robusta no Vietnã.


A desaceleração do crescimento econômico global é outro fator que poderia influenciar na demanda por café arábica, especialmente nos mercados emergentes, de acordo com a instituição. O Morgan Stanley avalia, no entanto, que estoques apertados de arábica e um fraco cenário de produção na Colômbia são importantes fatores que podem manter a perspectiva de altas. As exportações de café do Brasil em janeiro, até o dia 30, totalizaram 1.504.058 sacas de café, queda de 40,51% em relação às 2.528.186 sacas registradas no mesmo período de dezembro, informou o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil).


Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram queda de 1.600 sacas, indo para 1.526.713 sacas. O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 19.857 lotes, com as opções tendo 3.202 calls e 1.727 puts.


Tecnicamente, o março na ICE Futures US tem uma resistência em 215,90-216,00, 216,50, 217,00, 217,50, 218,00, 218,50, 219,00, 219,50, 219,65, 219,90-220,00, 220,20, 220,50, 221,00, 221,50 e 221,90-222,00 centavos de dólar por libra peso, com o suporte em 213,20, 213,00, 212,50, 212,35, 212,00, 211,50, 211,00, 210,50, 210,10-210,00, 209,50, 209,00 e 208,50 centavos por libra.


Fonte: AgnoCafe

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