Gazeta Mercantil, 18/01/2006
As vendas físicas do café no mercado interno registram poucos negócios, apesar da trajetória de alta dos preços do produto. Ontem, cafés de alta qualidade eram vendidos por R$ 310 a saca, com alta de 2,5% em relação aos preços de segunda-feira e de 15,8% na comparação com a média de um mês atrás, segundo o Escritório Carvalhaes. “O mercado têm dificuldade para comprar café”, diz Nelson Carvalhaes, do Escritório Carvalhaes. Até dezembro, 70% da safra 2005/06 tinha sido vendida, ante 69% da safra 2004/05 um ano antes, de acordo com o analista da Safras & Mercado, Gil Barabach. “Embora o fluxo das vendas seja semelhante, a safra atual é bem menor que a anterior, o que indica que existe pouco café disponível. Há um ano, havia também estoques remanescentes de safras grandes, que vêm diminuindo”, diz. Ontem, os preços do café negociado na Bolsa de Nova York para maio tiveram alta de 3,1%, fechando cotados a 126,1 centavos de dólar por libra-peso. “O volume pequeno da safra 2005/06 do Brasil, as perdas na América Central em função dos furacões e a safra menor do Vietnã explicam a tendência de alta nos preços da commodity”, afirma Barabach.