Café: Com seca no Brasil, preços sobem mais de mil pontos em NY

Café: Com seca no Brasil, preços sobem mais de mil pontos em NY Por volta de 9h (horário de Brasília), as cotações registravam mais de mil pontos de alta. O vencimento dezembro/14 era negociado a 212,05 cents de dólar por libra-peso, com 1165 pontos positivos, enquanto o maio/15 era cotado a 217,85 cents.


A falta de chuvas nas mais importantes regiões produtoras de café do Brasil, maior produtor mundial de arábica, já compromete severamente a nova safra de café – temporada 2015/16 – , além das perdas causadas também no atual ciclo e essas são as principais informações que chegam ao mercado internacional, incentivando os avanços das cotações em Nova Iorque.


Veja como fechou o mercado nesta quarta-feira (1)


Café: NY fecha no maior patamar desde 4 de setembro; Chuvas insuficientes pioram perspectivas para safra 15/16


Nesta quarta-feira (1º de outubro), a Bolsa de Nova York (ICE Futures US) para o café arábica encerrou as cotações com alta ampliando os ganhos da sessão anterior. Na sessão de hoje, os preços estão acima dos US$ 2, nos patamares mais altos desde 4 de setembro. O contrato dezembro/14 registrou 200,40 cents de dólar por libra peso e o março/15 anotou 204,50 cents/lb, ambos os contratos com valorização de 705 pontos. O maio/15 fechou com 206,75 cents/lb e valorização de 690 pontos e o julho/15 encerrou o dia cotado a 208,00 cents/lb e 675 pontos.


De acordo com o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães, as questões climáticas mais uma vez motivaram a alta na sessão desta quarta-feira. As chuvas foram insuficientes para reverter o déficit hídrico nas principais regiões produtoras de café. “O mercado segue baseado na ausência de chuvas volumosas no cinturão produtivo gerando preocupação para a próxima safra”, afirma.


Segundo Magalhães, a safra 2015/16 de arábica deve ser prejudicada pela falta de chuvas volumosas. “Mesmo que chova de forma torrencial nos próximos meses, as precipitações não terão força para reverter uma melhor produção no Brasil na próxima safra, elas não revertem o estresse que vem ocorrendo nos últimos 150 dias”. De acordo com especialistas ouvidos pelo Notícias Agrícolas, seriam necessárias precipitações acima de 150 mm só no mês de outubro para reverter o déficit no Sul de Minas, por exemplo.


Para Magalhães, o mercado de café no curto e médio prazo deve ser marcado por patamares ainda mais altos. No entanto, não deve trazer euforia para o setor produtivo pois a alta estará baseada em escassez de produção. Ainda de acordo com o analista, os mapas meteorológicos não apontam previsão de chuva para os próximos 10 dias no cinturão produtivo.


Mercado interno


De acordo com dados do CEPEA, os preços do café arábica também sobem com força no mercado brasileiro influenciados pela alta internacional. O Indicador CEPEA/ESALQ do arábica do tipo 6, bebida dura para melhor, posto na capital paulista, fechou a R$ 470,88/saca de 60 kg, na sessão de terça-feira (30), com elevação de 2,45% em relação ao dia anterior. Esse patamar não era verificado desde o final de abril deste ano.


Segundo Magalhães, a dica para o produtor que tem café disponível é ir ao mercado e vender o café agora para realizar lucros e fazer gordura para não ter pouco retorno financeiro quando o mercado não for bom.


Tipo 4/5 fecha em alta na BM&FBovespa; Tipo 6/7 não teve negócios


O café arábica tipo 4/5 também fechou a sessão com alta mantendo a tendência dos dias anteriores. O vencimento dezembro/14 encerrou cotado US$ 233,90 a saca de 60 kg com 1,98% de alta, o março/15 finalizou a sessão com US$ 242,00 e valorização de 1,51%. O setembro/15 anotou US$ 246,30 a saca e 1,99% de alta. O tipo 6/7 não teve negócios na bolsa brasileira.


Robusta dispara em Londres com safra vietnamita


O café robusta na Bolsa Internacional de Finanças e Futuros de Londres (Liffe), encerrou a sessão com mais um dia de alta motivada pela informação da safra de café no Vietnã que deve ser 10% menor que no ano passado. O vencimento novembro/14 finalizou o dia cotado a US$ 2.054 por tonelada com US$ 62 de valorização, o janeiro/15 registrou alta de US$ 61 valendo US$ 2.068 a tonelada.


Fonte: Notícias Agrícolas

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